SOCIEDADE DOENTE
Vivemos a Crise na Moralidade
Existe uma crise na sociedade, e não é econômica, social ou política, é moral. Não está fora das pessoas, está dentro delas. Não está baseada na falta de recursos, mas na deformidade crescente de caráter .
Se não entendermos os princípios morais que estão sendo quebrados, se não discernirmos a função de cada um na família, vamos continuar fracassando em ajudar nosso mundo.
A crise moral existente na sociedade é causada pelo crescimento da perversão e infelizmente, pouco se tem feito para cortar esta raiz; na verdade, muitos a têm nutrido sem saber que esta é a causa e não um efeito supérfluo dos mais graves problemas que estão na pauta dos sociólogos e psicólogos.
“A atual sociedade, cujo os fundamentos estão profundamente ameaçados, relativizam a moral, destroem a família, animalizam o sexo, banalizam o pecado e legalizam as perversões.”
UMA FAMÍLIA DOENTE
( O que é afetividade?
• É a nossa condição de vida onde aprendemos a gostar, amar e se apegar as pessoas.
• Afeto, afetividade: Vem do verbo AFETAR. ·
Todos nós nascemos com uma necessidade gritante de se apegar a uma pessoa. ·
E isso acontece desde o momento em que nosso cérebro começa a produzir sinapse ainda no útero de nossa mãe. ·
O apego é o nosso sentimento mais primário, e a maneira em que e lidamos com esta necessidade nos acompanhada pelo resto de nossa vida. ·
Quando falamos de falamos de afeto, falamos de AMOR. ·
E uma coisa que precisamos entender: “Não basta amar nossos filhos, eles precisam saber que são amados.” ·
Principalmente nos primeiros anos de vida. · Só que somos uma geração que não gosta de criança. · Ressentimento descobriram uma quantidade enorme de crianças abandonadas em hospitais morrendo de solidão.)
“A formação profissional e vocacional, sem transformação de caráter, incentiva um evangelho superficial e deformado. “Se não sabemos ser família, nunca saberemos ser igreja”.
“Quer os pais neguem que seus filhos estão tendo acesso a pornografia ou não, quer tentem escondê-la deles ou não...as crianças hoje entram muitas vezes em contato com esse mundo por sua própria conta. Elas podem sintonizar um canal a cabo na televisão, descobrir um programa de acesso público ou pedir um filme pago. Podem ainda encontrar vídeo ou DVD na coleção do vizinho ou do irmão mais velho. Segundo um estudo de 1995 com adolescentes cerca de 83% dos garotos e 48% das garotas de colégio declararam já ter assistido vídeos ou filmes de sexo explícito. Esses números são sem dúvida mais elevados atualmente, já que as crianças descobrem cada vez mais pornografia na Internet. Aprender a curtir pornografia on-line está se tornando rapidamente a nova regra e 71% dos jovens de dezoito a vinte e quatro anos concordaram com o enunciado “Vi mais pornografia na Internet do que em outros veículos (revistas, cinemas, TV)”. Um estudo realizado em 2004 pela London School of Economics revelou que 60% das crianças que usam regularmente a Internet entram em contato com a pornografia. A pornografia se integrou à cultura pop adolescente; a cultura do videogame, por exemplo, exalta a obscenidade. Uma fita de 2004, The Guy Game, mostra mulheres exibindo os seios quando dão respostas erradas num teste; o jogo, disponível em Xbox e PlayStation 2, sequer recebeu a classificação “Só para Adultos”. “O quadro que mais se tem hoje, são famílias investindo cada vez mais em tempo, força, empenho e dinheiro em capacitação profissional, formação acadêmica e edificação de patrimônio do que em valores cristãos”. Os vínculos familiares e a convivência relacional a cada dia se enfraquece. De forma geral, tanto a família, como a igreja tem falhado em formar pessoas maduras, restauradas e emocionalmente curadas. “A formação profissional e vocacional, sem transformação de caráter, incentiva um evangelho superficial e deformado. Se não sabemos ser família, nunca saberemos ser igreja”.
UMA IGREJA DOENTE
O principal objetivo deste estudo é mostrar, sob a perspectiva da destruição da família, um diagnóstico que possa ser eficaz na restauração da sexualidade e sua distorções. Infelizmente, a maioria esmagadora das famílias evangélicas estão adoecida em suas relações como marido e mulher, pais e filhos. A Pornografia, a imoralidade, prostituição e o adultério têm cobrado um alto preço, pago com casamentos destruídos, famílias arruinadas e filhos perdidos e sodomizados. O resultado de tudo isso é uma ânsia pelo prazer, sentimentos e desejos viciados e uma completa erotização dos relacionamentos.
A Crise da Identidade
“A falta de disciplina e confronto de pecado, associado a uma vida cristão vazia, sem novo nascimento e transformação de caráter, incentiva um evangelho superficial e deformado. “Se não sabemos ser família, nunca saberemos ser igreja”.
A igreja por sua vez investe demais no entretenimento gospel e de menos no entendimento claro dos valores do reino de Deus e na formação de caráter. O Evangelho tem se tornado cada vez mais humanista e impotente para causar uma real mudança de valores na vida das pessoas. O resultado deste ajuntamento sem novo nascimento redunda em grandes escândalos que cada vez mais desgastam a credibilidade da igreja.
De forma geral, tanto a família como a igreja tem falhado em produzir pessoas emocionalmente maduras e moralmente transformados. Ajuntamento, sem novo nascimento e transformação moral, incentiva um evangelho superficial e deformado.
42 milhões de evangélicos
No ultimo censo do IBGE foi relatado o número de " 42 milhões de evangélicos " no Brasil, e estima-se que nos próximos 10 anos este número chegará a 60 milhões, mas infelizmente este número vem acompanhado de cristãos profundamente doentes, traumatizados, filhos abusados, abandonados, homens e mulheres completamente deformados em sua sexualidade, imaturos, sem nenhuma percepção do que seja um processo saudável de santificação ou até mesmo sem terem passado realmente pelo Novo Nascimento. Dias atrás ouvi uma frase que nunca tinha ouvido: “Estamos entrado na era pós-moderna
UMA QUANTIDADE ENORME DE VICIADOS EM SEXO
• Muitos estão escravos de vícios sexuais nas igrejas e estão em profundo silêncio. Alguns já mantem atividades sexuais ilícitas por anos e ainda assim continuam mantendo suas atividades ministeriais.
• A maioria estão profundamente destruídos pela pornografia, pelo adultério e acabam endurecendo seus corações por pensarem que o fato de sentiram a presença de Deus nas reuniões é porque Deus não leva em conta mais estes pecados habituais. “Viver em derrota sexual por logos período de tempo faz com que a pessoa oscile entre uma orgulhosa sensação de estar bem com Deus e um sentimento total de desesperança”.
• Pesquisa chama a atenção ao mostrar que 80% dos solteiros evangélicos entre 18 e 29 anos afirmaram que já tiveram relações sexuais. Quase o mesmo percentual que os 88% de solteiros adultos não evangélicos
A REALIDADE DAS IGREJAS GAYS
A homossexualidade assustadoramente entre os evangélicos e os novos movimentos chamados de “igrejas inclusivas” trazem uma teologia deformada para a “vida cristã gay ”.
“Infelizmente a Sociedade, a Família e a igreja se encontram profundamente doentes em sua ESPIRITUALIDADE e SEXUALIDADE”
ESPIRITUALIDADE e SEXUALIDADE?
• O maior desejo da alma de todo ser humano e a necessidade de estar realizado espiritualmente e sexualmente. Estas duas coisas são inseparáveis.
• Meu desejo é despertar em você a consciência sobre a importância de saber lidar com a sexualidade na vida ministerial.
• Nossa sexualidade é um dom de Deus para nossas vidas.
• E nós temos que de uma vez por todas aprender a cuidar da nossa sexualidade, e não somente da nossa, mas das outras pessoas de maneira saudável. Nós somos responsáveis pela sexualidade das pessoas em nossa volta. Nós temos que aprender a olhar para as disfunções da sexualidade além dos problemas espirituais.
VIVEMOS TEMPOS TERRÍVEIS
1. Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão TEMPOS TERRÍVEIS.
2. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, imorais, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios,
3. sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem,
4. traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus,
5. tendo aparência de misericórdia, mas negam Deus. Afaste-se também destes.
6. São estes os que se introduzem pelas casas e conquistam gente sobrecarregados de pecados, as quais se deixam levar por toda espécie de desejos.
7. Eles estão sempre aprendendo, mas não conseguem nunca de chegar ao conhecimento da verdade.
2 Timóteo 3:1-7 “Para que venham a tornar-se puros e sinceros filhos de Deus inculpáveis no meio de uma “GERAÇÃO PERVERTIDA E DEPRAVADA, na qual vocês brilham como astros no universo”. Filipenses 2:15
LIÇÃO 1. DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE
ONDE TUDO COMEÇA
A CRISE DE IDENTIDADE
Uma grande organização missionária fez uma pesquisa nacional e uma das perguntas era porque as pessoas estavam fazendo parte daquela organização. Foi uma terrível surpresa quando constatou-se que 95% dos membros responderam dizendo que não sabiam por que estavam fazendo parte daquela missão. Quando perdemos contato com o propósito da nossa existência, algo começa a morrer dentro de nós. Acredito que Deus criou cada pessoa com um propósito definido e este propósito tende a se manifestar principalmente na juventude através de uma visão, uma paixão que nos desperta para uma vida desafiadora.
Infelizmente a maioria das pessoas estão vivendo uma terrível crise de identidade. Estão perdidas nas suas feridas tentando apenas se defenderem de um mundo violento, tentando sobreviver às rejeições, injustiças e desilusões da vida. È aqui que muitos estão se tornando confusos no discernimento de quem elas foram criadas para ser. Sua identidade acaba se tornando uma mescla de sua própria natureza em Deus com os mecanismos de defesa e sobrevivência que utiliza. Esta é a primeira e fundamental pergunta da ontologia: “QUEM SOU EU?”
Qual é a nossa verdadeira identidade. No íntimo dos nossos pensamentos, quem somos? Este é um dos mais sérios pontos de conflito na vida das pessoas.
“...o meu testemunho é válido, pois sei de onde vim e para onde vou.” João 8:14
“Infelizmente a Sociedade, a Família e a igreja se encontram profundamente doentes em sua identidade, sexualidade e espiritualidade.”
“O que vemos hoje são família deformadas em seus valores e produzindo filhos deformados em sua identidade”.
A Verdade em Mentira
O Evangelho de Deus começa: começa com uma declaração:
“ Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.”. Romanos 1:25
• Falar de Cristo, ministrar o Evangelho, pregar, ministrar, evangelizar é trazer a verdade de Deus sobre as pessoas. Toda a humanidade esta mergulhada na mentira. A essência do pecado é a mentira e o pecado opera pela mentira.
Quando nós falamos de sexualidade, nós estamos falando de uma das áreas que mais existem mentiras.
TODA TRANSFORMAÇÃO PASSA PELO ENFRENTAMENTO DA VERDADE
O enfrentamento de áreas que precisam ser confrontadas, áreas sensíveis e terrivelmente destruídas. Áreas que estão nos envergonhando como Igreja de Cristo. Áreas que estão bem escondidas, camufladas e cheias de MENTIRAS. Lugares cheios de medo, vergonha e muita manipulação. Áreas que agente acha que consegue vencer sozinho”
Salvai-vos desta geração
“Com muitas outras palavras, advertia e insistia o Espírito Santo dizendo: “Salvai-vos desta geração perversa” Atos 2:40
Receber a Cristo não é apenas ser salvo do inferno ou da morte eterna. É ser salvo de uma maneira reprovada de pensar. É ser salvo deste mundo e precisamos entender que Deus quer nos salvar deste mundo.
Se pudéssemos resumir toda a mensagem dos apóstolos no início da Igreja, o resumo seria: “Salvai-vos desta geração perversa”.
Muitos de nós fomos salvos do inferno, não iremos para o inferno. Todos os que experimentaram Jesus como Salvador vão direto para o céu! mas, entre o inferno e o céu temos; o mundo, as nossas famílias, e as pessoas que que amamos.
Sabe o que significa ser salvo? Significa ter o caráter, seus valores e sua forma de pensar transformando por Deus.
Ser salvo significa ver os valores do Seu Reino sendo manifestados em nossa vida diária. “Para que venham a tornar-se puros e sinceros filhos de Deus inculpáveis no meio de uma “GERAÇÃO PERVERTIDA E DEPRAVADA, na qual vocês brilham como astros no universo”. Filipenses 2:15
Como tudo isso começou?
1 - Uma perda total dos fundamentos
“Quando os próprios fundamentos estão sendo abalados, o que fará o justo?” Sal. 11:3
Trabalhar com sexualidade é aprender a ir na base, nos fundamentos e se queremos ser resposta para sociedade, nós precisamos pensar em fundamentos e família é um dos mais importantes fundamentos. A maior lacuna no crescimento saudável da igreja de hoje são famílias restauradas.
“Mas, todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
” Mateus. 7:26 Jesus disse que homens sábios e tolos edificam casas e que passam por dificuldades. Construir casas não é privilégio de pessoas sábias e passar por dificuldades não é consequência para os tolos. O que os diferencia é a escolha dos fundamentos sobre os quais eles edificam.
A vida cristã é um edifício vivo! Ao olhar as Escrituras, você verá que somos este edifício vivo, somos uma casa espiritual. Portanto, como qualquer construção, são os fundamentos que garantem o sucesso e a eficiência de uma casa ou de um prédio . O grande segredo não está na forma de vida que você escolhe, nem na metodologia de vida que você diariamente aplica.
“Tempestades virão, lutas virão, mas precisamos questionar a nós mesmos e ver se temos fundamentos cristãos para sustentar toda a nossa a estrutura familiar”.
O que diferencia uma boa e uma má escolha, um homem sábio de um homem tolo, a sabedoria da estupidez é a escolha dos fundamentos sobre os quais eles edificam.
Em I Coríntios 3:10, o Apóstolo Paulo fala sobre como edificar nossas vidas. Ele diz algo muito interessante: “Segundo a graça que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor.” Paulo, além do que irei construir, ele se preocupou também sobre o que ele iria construir.
Se quisermos relacionamentos, projetos ou ministérios firmes e duradouros, precisamos entender que nada começa pela definição de métodos ou práticas mas a partir dos fundamentos.
A nossa saúde relacional e ministerial depende disto: Precisamos encarar a realidade de que a maioria dos problemas que temos ocorrem, devido o simples fato de não termos nossos fundamentos firmes e baseados em princípios e valores do Reino de Deus.
“Uma casa sem alicerce é a profecia da tragédia”.
2. Tudo isso é resultado de um Êxodo Familiar
“Esse novo rei no Egito, usando de esperteza contra a nossa linhagem, maltratou nossos pais, ao ponto de os fazer rejeitar seus filhos, para que não continuassem a viver. Nesse tempo nasceu Moisés, e era mui formoso aos olhos de Deus”. Atos 7:19-20
O século 21 é marcado por um triste modelo familiar: A Família Transgênica. A família sofreu fortes influências políticas, econômicas, sociais e culturais, trazendo mudanças nos papéis e nas relações em seu interior
Tanto os pais quanto os filhos vão a cada dia ocupando lugares, identidade e referências completamente diferentes no decorrer dos anos. Ser pai e ser mãe nos dias de hoje não é a mesma forma de ser pai e ser mãe a 30 anos atrás. Antigamente a família dita tradicional tinha como referência a preocupação com o “bem comum”, com as tradições familiares, os valores, com a transmissão da herança, seja patrimônio seja o nome dela.
A FAMÍLIA RURAL
Sua primeira transformação foi no que diz respeito a Família Camponesa, ou Rural, na qual os papéis eram bem claros, tanto como pai e mãe, quando filhos. Nesta configuração familiar, os vínculos não eram apenas entre os que compunham o lar. O conceito de família era a composição de todo o grupo. A família eram todos. Casamento, relações entre marido e mulher, educação e a relação e entre pais e filhos tudo passava pelo crivo dos “anciãos” que geralmente eram os pais de família.Todos trabalham nesta configuração familiar.
As tarefas eram distribuídas de acordo com o gênero masculino ou feminino de cada indivíduo. Nessa configuração familiar, os homens e mulheres trabalhavam por longas horas. Os homens eram responsáveis por construir casas, concertar a propriedade, plantar, colher e vender o que se foi produzido.
As mulheres por sua vez, cozinhavam, faziam produtos para comercialização, cuidavam dos filhos, dos animais domésticos, cuidavam da horta, aconselhavam e preparam as mais jovens para o casamento e a organização de festas comunitárias. Eram elas que aconselhavam os jovens casados e fiscalizavam os namoros. Os homens eram responsáveis pelo educação dos meninos e as mulheres das meninas.
A FAMÍLIA PÓS INDUSTRIAL
A Revolução Industrial de 1820 é um divisor de águas na história e quase todos os aspectos da vida cotidiana da época foram influenciados de alguma forma por esse processo e o principal alvo desta mudança foi a família. Perde-se o sentido de comunidade, de coletivo.
A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, criando enormes concentrações urbanas.
A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada instante surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas. Nesta nova configuração familiar, o que se marca é o deslocamento da figura masculina, no caso o pai, com condições de vida ruim, horas e horas de trabalho em torno de 14 a 17 horas diárias. Os filhos ficam em casa com suas mães, encontrando seus pais cansados no final do dia.
Nesta Família, os filhos passam a ser criados de maneira informal, sem a orientação direta do pai. As mães se tornam, cansadas e sobrecarregadas. Os padrões de autoridade mudam, e a criança passa a viver uma vida jogada no mundo capitalista industrial.
“A revolução industrial provocou uma desconexão das funções na família e a ruína da diferença de papéis entre seus integrantes.”
A FAMÍLIA PÓS GUERRA
Se a Revolução Industrial destruiu os vínculos familiares, as Guerras foram mais um golpe de morte na Família Tradicional. Após as Guerras, os núcleos familiares são dissolvidos e se transformam em poucos indivíduos. Com isso a mulher tem que assumir o lar, porque a guerra não devolveu seus maridos.
A FAMÍLIA PÓS MODERNA
Como foi dito, a guerra não devolve os maridos às suas esposas. Ela, sabendo que está sozinha e com filhos para alimentar, se lança ao mercado de trabalho capitalista. Os homens que ficaram vivos ou não foram para a guerra se encontram perdidos no meio dessa revolução. Agora o feminino entra em um processo mais rápido de transformação. Agora a mulher está no mercado, ela tem salário e por ter salário ela consome. Na fuga da miséria a mulher foi à luta para ajudar no sustento da casa e da família. Essa mulher, representante das camadas inferiores, trazia em si aspectos de insegurança, de despreparo e, sem conseguir sair da dependência familiar tornou-se, também, dependente do capital. Em suma, aumentou o grau de dependência feminina.
Neste tempo que nasce a Revolução Sexual e o feminismo.“Se na Revolução Industrial o homem sai de casa, na Pós Modernidade a mulher também deixa o seu lar”.
A CONFIGURAÇÃO DA FAMÍLIA PÓS MODERNA
A Pós Modernidade gira em torno de alguns pontos:
“Igualdade, liberdade dentre os membros da família e cada um trabalha para seu próprio sustento. “ A família pós-moderna tem pouca interação entre seus membros, ela está cada vez mais voltada para o consumismo, sendo bombardeada pela mídia de massa e seus rótulos, aos quais fazem parecer de primeira necessidade, gerando desejos de consumo.
Elas passam então a adquiri-los para buscar a felicidade, satisfazer até mesmo a falta de um núcleo familiar.
“O consumismo implicou na mudança de atitude nas relações interpessoais, passamos a indivíduos vazios, sem pertencimento, sem vínculos que nos una a outras pessoas, ficamos vulneráveis a todo tipo de carência. Toda uma geração de pais ausentes”
3. Por conta da Ausência dos pais, terceirizamos a Educação dos Nossos Filhos
Outras pessoas estão a cada dia assumindo as funções do pai e da mãe. Por conta da correria do mercado de trabalho e das graduações que não tem fim, os filhos estão sendo “abandonados” nas creches, escolas e entregues na mão do Estado.
Nos dias de hoje as crianças nas escolas cada vez mais cedo e infelizmente agora será lei.
Precisamos aceirar o fato que quando o convívio familiar é retirado da criança, os efeitos desta separação produzem sérios problemas em seu caráter
LIÇÃO 2. A SOCIALIZAÇÃO INFANTIL
Há trinta anos, um estudioso do desenvolvimento infantil, Leo Kanner da Child Psychiatry, dividiu a socialização infantil em três etapas:
1. SOCIALIZAÇÃO PRIMÁRIA
Até os 2 anos, quando a criança aprende a reconhecer e a educar suas necessidades fisiológicas (vontade de fazer xixi, sede e fome.)
2. SOCIALIZAÇÃO FAMILIAR ·
Até 5 a 6 anos, a única necessidade que a criança precisa aprende a conviver é com o pai, a mãe, irmão e os demais membros da família. Tanto o pai quanto a mãe cumprem um papel fundamental na formação da maturidade emocional e da identidade sexual da criança.
3. SOCIALIZAÇÃO COMUNITÁRIA ·
A partir dos 6 anos, quando a criança começa, eu deveria começar a vida escolar. Infelizmente a Socialização Comunitária está cada vez mais precoce. Crianças estão tendo contato social sem lançar os fundamentos da socialização e da educação familiar.
O ambiente social escolar substituiu a ambiente familiar, e pior, os jogos, a internet, e as mídias sociais também fizeram isso.
Vivemos tudo, menos família. ·
Tudo está fora de ordem: primeiro o indivíduo, depois a família, e por último a sociedade. O que uma criança deveria aprender no convício escolar é completamente diferente do que se deveria aprender na família. ·
Educação escolar não substitui a educação na família. Uma complementa a outra, mas não substitui a outra.
“O que nós temos hoje são pais, muito mais preocupados em conquistar seu espaço na sociedade do que conquistar o coração dos seus filhos”. IÇANITIBA - Livro “Quem Ama Educa”
Aquilo que vemos hoje nas creches e escolas, ainda está bastante distante do que se poderia se ter em um ambiente familiar. Basicamente, aqueles que se ocupam no cuidado e na formação dos nossos filhos, estão perdidos em seus valores quanto os pais.
“Vemos nos dias atuais filhos com uma cultura muito mais globalizada do que familiar.”
Os filhos estão absorvendo uma identidade global muito mais mais forte que a familiar. Os pais estão convivendo cada vez menos com os filhos e por sua vez os filhos estão convivendo com alguém extra familiar a partir de 1 ano de idade.
O dia-a-dia familiar está sendo substituído pelo convívio nas creches, escolinhas; e quando os filhos estão em casa, o tempo é tomado pelos avanços tecnológicos: jogos, internet, celulares, e-mail e etc. Qual é o resultado de tudo isso?
a. A era dos adultos infantilizados
Vivemos hoje um retardamento emocional. Filhos fracos e imaturos; pais que colocam seus filhos em um estado de co-dependência por toda a vida, os transformando em bebês de 80 Kg. A maioria das pessoas hoje estão amadurecendo só depois dos 40 anos e o tempo de adolescência não tem mais fim.
PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA
A puberdade é um conceito natural e um tempo biologicamente determinado. Já a adolescência é uma invenção cultural, um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e sociais do mundo dos humanos, em permanente mudança de valores. Mas, infelizmente hoje há algo novo nesse cenário. A partir do século 21, vivemos a era dos adultos infantilizados. Uma espécie de infância permanente do indivíduo.
A SÍNDROME DO “CUIDA DE MIM”
Uma postura que determina a maturação de uma criança e a capacidade de se cuidar, e quanto mais amadurecemos, mas esta capacidade de se cuidar, se alimentar e organizar a própria vida fica em evidencia. Mas infelizmente isso, nos dias de hoje, esta cada vez mais distante. Talvez seja por isso que se criaram os personal . Tudo hoje precisa de uma personal . Ter alguém para se exercitar, comer, se vestir, namorar, conseguir amigos e emprego, lidar com conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e também organizar os armários e a mesa de trabalho
Embora estejamos na idade adulta, não sabemos lidar com nenhum aspecto da vida sozinhos. Na verdade o personal exerce uma função parecida com a da babá. Crescemos, terminamos a escola, constituímos família, vamos para o mercado de trabalho, mas precisamos de alguém que arrume nossa mesa e nossa casa, nos ensine a comer direito, nos diga como namorar e conseguir amigos, nos treine para impressionar o chefe e conquistar uma promoção.
Crescer, tornar-se adulto, é justamente passar a responsabilizar-se pelos seus atos. O fato é que sempre termos alguém como responsável por uma área de nossa vida. Criamos uma cultura de transferência de responsabilidade e até de culpa. Tudo é culpa de alguém, porque afinal, “eu pago você para cuidar desta área da minha vida, se deu errado, você que é culpado”. Os adultos desse início de milênio parecem prolongar a infância para não serem responsabilizados por nada e quando são responsabilizados por algo, logo chamam seus “pais”, os advogados, que por sua vez também, se não ganharem a causa, são responsabilizados. Com isso, está cada vez mais esta desaparecendo a ideia de trabalhar por aquilo que se quer com a consciência de que custa tempo, esforço, dedicação, perdas e frustrações. A atual geração não entende a conceito de processos. Quase tudo na vida leva mais tempo que pensávamos, e este imediatismo é uma característica evidente em qualquer criança. Na infância todo ser humano não suporta a ideia de esperar, é que chamamos de prazer imediato. Não perceber que a vida é dura e dá trabalho conquistar o que se deseja são posuras infantis, e mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que não foi possível alcançar.
SE NÃO CONSEGUIMOS CRESCER, COMO VAMOS EDUCAR NOSSOS FILHOS?
Quando estes “adultecentes” passam a ter filhos, a coisa fica muito mais complicada. A prova disto é quando vou ministrar nas igrejas pelo Brasil. É terrível ver como os pais não conseguem colocar limites básicos de como se comportar em um lugar cheio de pessoas. Os filhos não param quietos um minuto se quer, em lugar nenhum. Eu confesso que não suporto mais ver crianças transformando qualquer lugar em um parque de diversão, crianças berrando nos restaurantes, gritando nos cinemas, atropelando todo mundo nos corredores. Os pequenos e rosados pimpolhos costumam me olhar com os olhos estalados: “Mas pastor, eu sou criança e não aguento ficar sentado neste banco de igreja! Por que você não gosta de mim?”. E as mães, indignadas por eu não me render ao encanto de seus filhos, também me olham ofendidas: “Mas ele é só uma criança! Todo mundo gosta dele. Você deve ter algum problema!”. E lá vem a ofensa predileta: “Seu religioso!”.
Hoje aos filhos, tudo deve ser permitido. Algo como: “eu fico longe deles o tempo todo, não há necessidade de disciplinas ou limites. Ele é só uma criança...vai passar.”
É justamente isso que quero que você entenda. Esta cultura da não responsabilidade começa justamente com o fato que os pais não estabelecem limites para seus filhos. Se os pais são adultos infantilizados, que não conseguem se responsabilizar pelas suas vidas, como esperar que suas crianças se responsabilizem? Como esperar que os pais sejam pais se continuam sendo filhos?
Esses pais continuam sendo filhos ao não responsabilizarem-se pelas suas vidas. Ao permitir que seus filhos façam o que bem entendem, não só dentro de casa, mas no espaço público, estão escolhendo o que dá menos trabalho. Sim, porque educar, botar limites, se importar, dá muito trabalho. E exige tempo, gasto de energia, esforço. Amor. O mais fácil é deixar para lá, ou deixar que a babá, a escola, a creche descasque este abacaxi. Infância para a maioria dos mais virou deposito de realização pessoal. Os pais desejam que os filhos realizem aquilo que não puderam realizar.
b. FILHOS REBELDES
Por estarem distantes do cotidiano dos filhos, quando estão próximos, satisfazem todas as suas vontades. Os pais tentam compensar a culpa da ausência exagerando nos cuidados, criando a Cultura da Permissividade (rebeldia). Para este casal (o casal dos dias de hoje), o que importa é deixar os filhos o mais a vontade possível. Um exemplo clássico dessa situação é quando o filho se nega cumprir alguma tarefa. O casal, no lugar de estabelecer que a “vontade dos filhos tem limites” e o “tem que ser feito, deve ser feito e não se discute” – nessa configuração familiar tudo se resume em: “discutir a relação.”
“A maioria dos pais de hoje perderam a autoridade sobre os filhos pelo simples fato de perguntá-los se eles querem ou não querem fazer tal tarefa. Culpa e Compensação é o principal veneno na educação dos filhos.”
c. FILHOS SODOMIZADOS
O distanciamento dos pais, a não compreensão do que seja o papel de cada um na família, resultado da terceirização dos filhos está produzindo uma geração de crianças completamente erotizada, pornográfica e sexual.
Por conta de uma cultura de valores doentia o que se vê hoje é uma esposa carente que se esconde atrás da profissão, que a cada dia se torna independente e desacreditada da figura masculina com provedor e acaba se tornando o “sargento da casa” e exposta a todo tipo de ataques afetivos, filhos sozinhos no seu mundo, que vivem mais tempo fora de casa, viciados no mundo virtual, filhos carentes que são os “bebês emocionais de 90 Kg”, presos em traumas e vítimas da distanciamento paterno e da negligencia materna.
“Toda esta carência tende a ser preenchida pela imoralidade.”
A imoralidade desprotege espiritualmente toda a família, expondo todos a ataques terríveis.
Enquanto os pais “gozam os prazeres transitórios da imoralidade”, os filhos sofrem os mais terríveis abusos e traumas na sua sexualidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Particularmente eu não consigo ver outro motivo de tanta deformidade sexual nos dias de hoje, que não seja o fato de que toda esta problemática começou em casa, na falta de liderança, presença, referência masculina, nutrição e vínculo materno.
Muitos filhos vivendo a vida sem direção, limites, amparo, supervisão e a educação de um pai e de uma mãe. Se nós queremos restaurar a Sexualidade da nossa sociedade, nós temos que levar muito a sério esta ferida sociológica: A destruição da Família e a desconexão dos pais com seus filhos e a terceirização da educação dos filhos.
Se
xualidade é um assunto tão sério que não dá pra você tratar sobre o assunto sem ter que repensar sobre o que Realmente seja ter uma família.
“A infância é muito frágil para ser abandonada.”
SEGUNDO MÓDULO : O PROPÓSITO DA FAMÍLIA
NOÇÃO DE FAMÍLIA
A família é como um conjunto de engrenagens. Qualquer falha no sistema vai prejudicar as pessoas envolvidas. Um problema no relacionamento entre os pais vai prejudicar o filho ou filha.
Precisamos avaliar a nossa história num contexto amplo de família. Falhas em relação a princípios de autoridade são extremamente nocivas e comprometedoras.
A família é o núcleo da sociedade. Aqui se estabelecem os padrões de conformação da personalidade da futura geração. Em relação à prática da autoridade, faltas e excessos ou ausências e abusos podem promover distorções graves.
Quando cortamos nosso relacionamento com nossos pais no nosso coração, isto vai afetar nosso relacionamento com Deus
Veja o que Moody disse:
“Acredito que a instituição da Família veio antes da igreja e minha primeira prioridade é com minha família. Eu jamsi devo negligenciar minha família”
PRINCÍPIO OU FUNÇÃO DO PAI NOÇÃO DE MISSÃO: LIDERANÇA
O relacionamento com nosso pai é uma preparação para um relacionamento livre com a paternidade divina. O modelo de autoridade paterno é responsável em relação aos filhos pelos elementos que fundamentam a capacidade de liderança: direção, limites e segurança.
DIREÇÃO: Senso de orientação e propósito. Capacidade de discernir a vocação, de saber o que é quer na vida.
LIMITES: Os valores, princípios e o estilo e espírito de liderança (a motivação e a forma de comunicar valores) do pai são determinantes fundamentais em relação aos limites adotados pelo filho. O pai vai afirmar nossa consciência moral. O pai também a consciência sexual. Afirmação sexual tanto do filho quanto da filha.
PROTEÇÃO: Senso de segurança e confiança. O posicionamento, o espírito de presença, iniciativa e provisão comunicam segurança e descanso.
PRINCÍPIO OU FUNÇÃO DA MÃE NOÇÃO DE SUBMISSÃO: APOIO
A mãe é a preparação para o nosso relacionamento com o Espírito Santo. Através da mãe aprendemos a receber. Somos alimentados. O modelo de autoridade materno é responsável em relação aos filhos pelos elementos que fundamentam uma capacidade administrativa: vínculos, nutrição e organização.
VÍNCULOS:
Desinibição, naturalidade em estabelecer relacionamentos. O equilíbrio temperamental é uma herança principalmente da mãe.
NUTRIÇÃO: Atenciosidade, capacidade de exercer cuidado, atenção e apoio. Noção de solidariedade e amor depende da presença e do perfil da mãe.
ORGANIZAÇÃO: Enquanto o pai governa o lar, a mãe edifica o lar. Ela é a organizadora da casa provendo um ambiente de ordem e ao mesmo tempo aconchegante. Isto exerce um efeito na vida interna dos filhos. E uma vida interior organizada sempre se exterioriza.
FUNÇÃO DO CASAL: NOÇÃO DE EQUIPE
SEXUALIDADE: Muitos divórcios começam com problemas na sexualidade. Uma vida sexual satisfatória é a mais forte proteção contra o adultério. Uma noção de fidelidade conjugal vai moldar o
caráter dos filhos e protegê-los dos ataques e maldições demoníacos. É desta forma que muitos pais estão consagrando seus filhos às “pombas giras”. A infidelidade conjugal expõe os filhos aos mais diversos infortúnios em termos de imoralidade.
AFETIVIDADE:
Carinho, compreensão, respeito, paciência também vão moldar o caráter dos filhos
. COMPANHEIRISMO:
Parceria, capacidade de liderar e apoiar. Os filhos vão assimilar esta capacidade de trabalhar em equipe.
ALGUMAS DISFUNÇÕES BÁSICAS
1) Lei da mãe imperando:
Gera homossexualismo, perversão e loucura
Isto é o que acontece quando o marido se anula. O primeiro efeito colateral na esposa é a insegurança que a empurra para tentar ocupar o espaço do marido.
• ORGANIZAÇÃO SEM DIREÇÃO: gerência vazia e sem resultados na vida. Pessoas meticulosas, hipersensíveis, com um pobre senso de direção na vida.
• NUTRIÇÃO SEM PROTEÇÃO: amor material, carência afetiva e insegurança. Este apego material vem do medo de passar pelas mesmas necessidades não supridas pelo pai.
2) Lei do pai imperando:
Abuso de autoridade.
Onde tem autoritarismo, as pessoas são machucadas, anuladas e se tornam rebeldes. Este machismo anula e apaga a figura da mãe. Um bom exemplo disto é quando a mulher sabe que é traída, mas não consegue confrontar o marido. Isto vai corroendo-a por dentro e destruindo toda sua auto-estima. As próximas pessoas a sentirem as consequências são os filhos.
• LIMITES SEM VÍNCULOS: Perfeccionismo, legalismo (endeusamento de regras particulares).
• DIREÇÃO SEM NUTRIÇÃO: perde-se a visão das pessoas. Projetos são mais importantes que as pessoas.
• PROTEÇÃO SEM ORGANIZAÇÃO: paternalismo, personalidade parasita. Pessoas que não suportam a correção. Este mimo estraga a personalidade do filho.
3) Lei do Filho(a) imperando:
• Entronizar o filho. Muitas vezes, principalmente por causa de problemas entre o casal, os pais usam o filho(a) como um escudo e canalizam nele(a) toda sua satisfação emocional. O que era para ser compartilhado privativamente entre o casal passa a ser despejado sobre o filho(a). Acaba acontecendo um incesto emocional. O resultado é superproteção e paternalismo, além do comprometimento que trás para a vida do casal.
• Aqui podemos compreender muitas raízes dos nossos problemas. Todas as coisas mais importantes da vida estão alistadas aqui. A falta de qualquer uma delas pode ser facilmente identificada dentro do relacionamento familiar.
“Não podemos mudar o que já passou, mas podemos no nome de Jesus entrar como agentes redentores da nossa história e família”.
“A desconexão familiar e o consumismo implicou na mudança de atitude nas relações interpessoais, nos tornamos indivíduos vazios, sem sentimentos pertencimento, sem consciência vínculos que nos una a outras pessoas. Nos tornamos vulneráveis a todo tipo de carência.”
TERCEIRO MÓDULO : LIDANDO COM AS CARÊNCIAS
NOSSO MAIOR INIMIGO: Nossas das Carências
A carência tem um poder terrível de determinar as piores escolhas e decisões em nossas vidas. Por conta das carências as pessoas abandonam casamentos, filhos, ministérios e até mesmo destroem a própria ida. A Carência tem um poder de controlar e escravizar a vida de muitas pessoas, e infelizmente isso não é diferente no meio da igreja.
A carência tem uma capacidade destrutiva de se disfarçar com aquilo que nós pensamos ser bom. Achamos que os sentimentos como amor, afeto, solidão precisam ser supridos por amigos, namorado, esposo ou filhos. Mas na verdade a carência não é um sentimento a ser suprindo, a carência é uma doença na alma que precisa ser curada. Carência não é um vazio que ficou no coração e nós precisamos encontrar alguém para preencher o vazio que ficou. A carência é uma enfermidade que precisa ser curada.
“Carência não se supre, carência se cura”.
Quando temos uma ferida, um câncer, uma enfermidade, nós não queremos alimentar esta doença ou até mesmo supri-la, nós queremos curá-la, queremos ficar livre daquilo que tanto nos faz mal. Com a carência não é diferente. Quando somos atacados por uma doença, a única coisa que se passa na nossa cabeça é o momento em que nós ficaremos livres daquela enfermidade. Eu sempre digo que se um médico lhe dissesse que existe um câncer do tamanho de uma laranja dentro do seu pulmão, a primeira coisa que você diria é: “Sabe doutor, eu tenho muitas coisas pra realizar e não vou ter tempo para tratar este câncer. Eu ainda não terminei a minha faculdade, eu preciso tirar um tempo de férias, por que a cinco anos que não descanso. Sinceramente doutor, eu só posso tratar este câncer daqui a três anos.” Eu te pergunto é assim que reagimos quando sabemos que existe algo em nós que está nos mantando? Ou tudo na vida perde a prioridade quando descobrimos que estamos morrendo?
Sabe irmãos, eu vejo todos os dias pessoas com tantas doenças na alma, mas vivendo como se nada precisasse ser feito. Existe um câncer na alma das pessoas chamado carência, e este câncer tem os consumido aos poucos. Casamentos, amizades, relacionamentos, namoros, ministérios estão sendo destruídos por pessoas que não param suas vidas para tratarem das suas doenças da alma, e para mim, a pior doença da alma das pessoas são suas carências.
Tudo na vida perde o sentido quando entendemos que estamos doentes. Quando estamos com febre, a única coisa que queremos é que aquela dor suma. Não queremos shoppings, não queremos cinema ou um bom passeio, queremos a cura.
Eu entendo que muitas pessoas não se lançam no que Deus tem de cura para a vida delas pelo simples fato de que elas não têm noção do quanto estão doentes. Pessoas que priorizam tudo na vida, menos o que elas precisam realmente ter. Talvez seja pelo fato que elas são sabem que estão doentes. Se as pessoas soubessem que existem um câncer chamado carência consumido a vida delas elas paravam tudo.
Certa vez um pastor amigo meu de Goiânia foi acompanhar uma família que estava passando por um sério problema onde o filho deles estava com um câncer consumindo sua perna. No final de tudo o médico chegou a conclusão que a perna do garoto deveria ser amputada. Ele me contou que a família entrou em desespero em saber que o filho iria ficar sem a perna. Foi naquele momento que o médico disse: “O filho de vocês é jovem, e com certeza ele vai superar isso, hoje existem vários tipos de prótese de alta tecnologia que faz com que seu filho viva uma vida normal. O que mais importa é a vida do filho de vocês”. Sabe o que Deus me disse quando eu ouvia esta história? “Roberto, eu não tenho dó de você, o que eu tiver de arrancar da sua vida para que você viva, eu vou arrancar.” Existem tantas coisas em nossas vidas que são como câncer, relacionamentos, ministérios, atividades e sentimentos que não nasceram fruto do conhecimento que eu tenho de Deus, mas fruto de carências, traumas e medos. Todos os dias eu vejo pessoas que, na tentativa de suprirem suas carências, dão inicio a relacionamentos, abrem igrejas e gravam dvd´s, tudo na tentativa de suprirem suas carências de amor, afirmação e elogios. Casamento e ministério não é lugar para gente carente, casamento e ministério é lugar de gente resolvida em Deus. Só Deus tem a capacidade de lidar com as nossas carências. Só Ele tem poder de tocar em áreas da nossa vida que não queremos mexer.
Se existem algo que impede a maioria dos cristãos a experimentarem santidade, pureza e plenitude relacional são suas carências, pois o carente sempre se coloca como vítima de tudo na vida, e por isso nunca é responsável por nada que acontece de errado com ele.
Mas o que seria uma pessoa carente?
O carente é um doente que exige ser amado a qualquer custo. Quando alguém carente se aproxima das pessoas, essa aproximação quase nunca é leve ou tranquila. Existe sempre certa tensão e cobrança.
Carência é uma ferida emocional que muitas pessoas carregam. Seria como uma fome incontrolável a ser saciada. Às vezes é fome de afeto, de amor, mas também pode aparecer como fome de atenção, como o desejo de estar sempre no centro das relações, sendo valorizado, cuidado, tratado de forma especial e muitas das vezes. E o carente irá usar de todas as formas para conseguir isso.
Outra característica do carente é que ele é extremamente exigente, muitas vezes inconsciente. Uma expectativa de que os outros o supram de alguma maneira. E muitas vezes usa da manipulação para conseguir a atenção que quer.
Uma pessoa carente sempre exige, mesmo que de forma disfarçada, que o outro lhe dê o que quer. Não aceita que o outro tem o direito de dizer não, de não querer lhe dar algo, não querer ser seu amigo íntimo, ou até mesmo a liberdade de querer gostar mais do outro do que dele. Até porque o carente, com o tempo, acaba afastando as pessoas dele mesmo. As pessoas se afastam quando percebe alguém se aproximar na expectativa de ser suprido, como um náufrago desesperado em busca de algo a se agarrar.
O carente, no final, fica lá, sozinho no meio do oceano. Com sua cobranças. Por trás toda esta carência, existe muito abandono, frustração com pais e consigo mesmo. Resumidamente: O carente é uma criança abandonada com a ilusão de que alguém será a resposta para tudo o que ela acha que precisa ter.
“A frase que permeia a vida de um carente é: A VIDA ME DEVE ALGO.”
A Mulher do Poço e a Suas Carências:João 4:5-30
Uma história que trata bem isso é a mulher do poço de João 4:5.
Nesta passagem nós encontramos todos os elementos de uma pessoa carente.
A primeira coisa que vemos é o fato dela buscar no poço a satisfação da sua sede. Sua sede representa suas carências, e o poço representa a lugar onde ela tenta supri-las.
• O BALDE: O balde era o simbolismo das carências desta mulher.
• O POÇO: O lugar onde ela buscava suprir suas carências.
Jesus disse:
“Se conheceras o DOM DE DEUS e quem é o que fala contigo, tu me pedirias, e eu te daria da água da vida.” João 4: 10
A única possibilidade de cura para as nossas carências é conhecer o DOM de Deus, e este dom é o seu amor. Somente o Seu amor é capaz de me curar definitivamente. Enquanto eu não entender que é somente pelo seu amor que eu sou verdadeiramente curado, eu ficarei buscando ilusoriamente em poços a satisfação das minhas carências.
Outra coisa que precisamos entender além do DOM de Deus, é a água que representa a sua Palavra. A Palavra de Deus é Cristo, mananciais de água viva, e quem dele beber será transformado. Que jorra de dentro para fora. Para transformar gente carente em fonte de vida. Cada um individualmente se tornando canal de benção neste mundo.
Todas as vezes que você tenta suprir suas carências com atenção, relacionamentos, sexo e tantas outras coisas, sua sede aumenta. “Quem beber desta água, tornará a ter sede”, disse Jesus.Existem muitos fatos que mostram quão carente era a mulher samaritana. Sua crise relacional entre Judeus e Samaritanos, seus vários amantes. Nenhum homem foi capaz de satisfazer suas carências, e por conta de suas carências ela sempre fazia escolhas erradas.
A carência nos leva a tomar escolhas erradas. O carente sempre deposita todas as suas expectativas em outra pessoa, achando que esta pessoa é solução para sua vida e lá no final ela se sente mais e mais frustrada por não ter sido suprida.
Outra crise que ela vivia era uma confusão religiosa. Havia uma rixa entre os judeus e samaritanos por causa do lugar de adoração. Os samaritanos diziam que o lugar de adoração era o monte Gerizim. Mas os judeus diziam que o lugar do culto verdadeiro era o monte onde estava o templo de Jerusalém, construído pelo rei Salomão, filho de Davi, de quem viria o próprio Messias. Jesus, com suas palavras de vida a ensina que o lugar de adoração é no coração.
Mas com suas palavras que são água e vida, ela foi curada. A mulher samaritana bebeu da água que é Jesus.
O texto Sagrado diz que ela deixou o seu balde. O balde representa o objeto que ela usava para suprir suas carências. Sempre buscamos um objeto para disfarçar e manipular nossas carências.
A mulher samaritana deixou suas carências para traz.
“Então, deixando o seu cântaro, a mulher voltou à cidade e disse ao povo:” Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho feito. Será que ele não é o Cristo?”
Ela compreendeu os seus erros, reconhecendo-os. Ela aceitou o fato maravilhoso de que ali estava o verdadeiro Messias. Ela recebeu a Jesus, e foi salva. É ela saiu e levou muitos outros a conhecer o seu Senhor.
É interessante que este mulher passou a vida toda dizendo ao população daquela cidade que havia achado um homem, e é curioso que é justamente assim que ela chega na sua cidade dizendo: “Achei um homem.” e porque as pessoas acreditaram nela, depois de tantas vezes ela dizer a mesma coisa? Foi porque pela primeira vez ela não estava falando das suas carências, mas das suas convicções em Deus.
O sentimento de falta, de solidão, de isolamento é um arma terrível
para o diabo destruir nossas vidas. E carências é justamente isso: ser movido, fazer escolhas, tomara decisões baseadas em carências, solidão e abandono.
Não importa o que lhe tenha acontecido, conosco de abandono, traição, ou trauma, isso é passado. Cremos que o amor de Deus nos curou de qualquer ferida. Temos que parar de uma vez por todas em tentar achar respostas para nossas vidas em outras pessoa. Devemos pegar esta criança ferida, abandoada e jogar dentro da fonte da água da vida que é Cristo.
Só Jesus pode nos dar colo. Somente Ele pode nos corar do medo, da solidão, do abandono, da falta, do défice dos pais, das frustrações, das carências e necessidades. Só Ele por nos dar o amor que precisamos, só ele pode nos dar a atenção, e carinho que tanto pedimos.
“MEDO, SOLIDÃO, ABANDONO, FALTA, DÉFICE DOS PAIS, FRUSTRAÇÕES, CARÊNCIAS, E NECESSIDADES
O quanto disto ainda domina sua vida?”
Deus não é carente
Precisamos entender que toda a criação foi criada a partir de uma consciência do que Deus era e seu desejo era manifestar isso. Tudo que Deus fez é uma expressão do Dom Dele e não de carências. Nada do que Deus fez foi por carências, mas pela livre vontade de manifestar seu amor. E se Ele é assim, nós devemos ser também.
Quando a Bíblia diz para que sejamos perfeitos, ela não esta falando de ausência de erros, mas sim de completo, pleno, contente. Não ver a vida a partir de uma dívida, mas sim entender que Deus nos fez depósitos do dom de Deus. Somos pão e não fome. somos água e não sede. A vida não nos deve nada
“Sede perfeitos, como perfeito é vosso pai.”
Perfeição é não ter falta.
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” 1Co 15:19
“Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, a fim de ENCHER todas as coisas.” Efésios 4:10
Eu só consigo lidar com minhas pulsões, instintos, carências, medos, sonhos e fantasias quando eu conhecer o amor de Deus, e este amor irá automaticamente gerar em mim uma identidade de Filho. Sem esta identidade eu sempre ficarei refém de circunstâncias e pessoas.
“Quando eu compreendo quem eu sou em Deus, eu compreendo o que eu tenho que ser.
” Quando eu realmente entendo a minha identidade, isso determina radicalmente o meu passado, o meu presente, e o meu futuro e quando eu não sei quem Deus é e quem eu sou em Deus, tudo o que eu faço é para compensar a minha carência e não para revelar o que de Deus eu conheço, seu amor
.Carência versus Dom de Deus
Praticamente a maioria dos cristãos de hoje vivem uma compreensão equivocada do que seja a benção. Benção não é algo que eu tenho eu alcançar como filho de Deus. Benção é algo que eu tenho que manifestar. Todas as crises que nós vivemos não é uma crise de competência ou até mesmo de reconhecimento, mas uma crise de carência e falta de compreensão do que Deus já viabilizou para nós em Cristo.
Abençoados para frutificar
“Então Deus os abençoou, e disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra.
” Gn 1:28
Deus primeiro abençoou o homem, para depois, pedir a ele que fizesse algo. Seu desafio era, a partir da benção já recebida, manifestar o que ele já havia recebido de Deus.
Seu amor, sua paz, sua bondade, felicidade, vida e manifestar de forma visível, virtudes já recebidas de Deus. O homem não precisava se ocupar com a benção, uma vez que ele já era abençoado. Seu desafio era: - “Como vou multiplicar, frutificar e encher a terra com as benção já recebidas através do meu modo de vida?”
Quando fazemos algo, pela necessidade de provar quem somos, estamos focados em nós mesmos e, portanto, nossa motivação é egoísta. Contudo, quando o fazemos, vislumbrando a oportunidade de revelarmos quem somos, isso diz respeito ao desejo de compartilharmos o que somos e o que temos, para benefício dos outros. Enquanto uma motivação é de autopreservação, a outra é de exposição. Seu objetivo era: Tendo consciência do que Deus já prontamente viabilizou para ele e do compromisso que Deus tem com o homem, este passa então, a viver segundo a sua convicção. Qual convicção? Gerar filhos, discípulos que expressem aquilo que recebeu de Deus.
O motivo virou o objetivo
Satanás não mudou a temática. O assunto continuou sendo o FRUTO. O que ele mudou foi o enfoque, corrompendo a natureza das coisas na mente do homem. A sua consciência foi afetada. O seu entendimento ficou encoberto.
Antes da queda, o fazer, era a oportunidade de expressar e materializar o ser. Após a queda, passou a ser uma tentativa alucinada de obter o que ainda não era ou não tinha. O fazer, deixou de ser um fruto da convicção ; vontade e tornou-se instrumento da obsessão ; expectativa e desejo.
Depois da queda, o homem teve seu entendimento corrompido a respeito de si mesmo, da sua relação com Deus e com a criação. Ele absorveu de satanás, outra forma de entendimento e consequentemente, mudou sua maneira de ver e agir. O pecado é o resultado deste entendimento adulterado.
“Ao pecar o homem substituiu a convicção da benção já recebida, pela expectativa da benção a ser recebida”.
A consciência de Deus e de Sua benção, conduziria o homem a viver comprometido com o “fornecer = dar”. O sentimento de carência o condicionou à subsistência , obrigando-o a negociar seus ideais, pela conveniência do que é mais vantajoso. Oprimido pela ideia de “consumir = receber”, o homem faz o que for necessário, para aquele que oferece mais por menos.
O Homem Antes da Queda: “fornecer = dar” O Homem Depois da Queda: “consumir = receber”
“A benção era o motivo que fazia o homem desenvolver algo, após o pecado, a benção passou a ser o objetivo que levaria o homem a fazer algo”.
Um Deus que poucos conhecem
Por conta da queda, o homem passou a ser guiado pelo seu próprio estomago, pela sua fome
.
“Cujo fim é a perdição; cujo deus é o ventre...” Filipenses 3:19
O que pensamos ser fé em nossas vidas, na verdade é um desejo desenfreado por alguma coisa.
Após a queda, o homem passa então a viver, completamente escravo do seu próprio ventre, guiado pelas suas próprias necessidades, o seu deus é o seu ventre, as suas carências, desejos e necessidades.
O homem não vive mais pela convicção do que Deus já prontamente havia dado. Ele vive agora, pela expectativa de um dia ser ou ter alguma coisa.
A vida de igreja, os relacionamentos e até mesmo a capacidade de raciocínio do homem, passaram a ser fundamentadas em suas necessidades e carências
O ambiente da tentação
Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Depois de jejuar por quarenta dias e quarenta noites, teve fome.” Mat. 4:1-2
Quando olhamos Mateus 4:1 vemos que o a falta de alguma coisa sempre será um dos maiores ambientes de tentação. Foi quando Jesus teve fone que o diabo veio para tenta-lo. Satanás sempre usará do medo, do abandono, da solidão, do trauma, da falta e da necessidade para nos fazer cair e colocar em xeque nossa identidade e filhos de Deus.
A fome é o ambiente da tentação, tanto que Jesus, para ser tentado, teve que sofrer fome. Satanás tentou o homem em provar quem é, através do que ele poderia fazer. Dizer que era ela por aquilo que ela fazia.
Não vamos experimentar de fato o que Deus para as nossas vidas, enquanto não desistirmos de tentar provar quem somos por aquilo que fazemos. O que fazemos não é para provar quem somos, mas para manifestar eu Deus colocou dentro de nós.
Tudo o que Deus fez, ele fez para manifestar quem ele era e não na tentativa de suprir algum vazio existente nele, coisa que é impossível Deus ter vazio.
“Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, SEGUNDO ELE É, TAMBÉM NÓS SOMOS NESTE MUNDO.” I João 4.17.
O nosso objetivo coo filhos de deus não é produzir obras para Deus, mas manifestar as obras que Ele esta produzindo em nosso coração.
De uma vez por todas precisamos ser líderes, pastores, missionários e obreiros orientados pelo DOM de Deus em nossas vidas, e não pela carência de tentar encontrar ou achar alguma coisa que possa nos transformar no momento em que eu estamos realizando tal atividade. Eu não faço para alcançar, eu faço porque já fui alcançado. Eu não faço para ser, tudo que eu faço é porque já sou.
“SEGUNDO ELE É, TAMBÉM NÓS SOMOS NESTE MUNDO”
VOCÊ VIVE PELA
Consciência do Dom?
Ou pela escravidão das Carências?
Mudando nossa forma de viver
“A minha ardente expectativa e esperança, de quem nada serei confundido; antes, com toda a ousadia, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”.
Filipenses 1:20-21
O que é Cristo? Cristo não é um nome, ou um sobrenome, Cristo é uma nova natureza, o nome estilo de vida, um anova maneira de ler e viver a vida. Cristo significa ungido. Ungido para quê? Ungido para oferta.
Às vezes, pensamos que o o nosso viver cristão é o nosso ministério ou até mesmo um conjunto de obras que realizaremos ou os desafios que temos que enfrentar, mas Paulo diz que se tudo que estivermos vivendo e o que fizermos, não for uma forma de manifestar as virtudes e os valores de Cristo, de maneira visível, então, nada disto terá sentido. Para nós o viver é Cristo!
“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: Se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Por isso daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos desse modo. Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo!”
II Cor. 5:14-17
Muito pouco tem sido pregado sobre o que é a cruz e o seu profundo significado na vida do cristão. Se Jesus continuasse pregando, fazendo milagres, cuidando das pessoas, aconselhando sem, no entanto não ter morrido na cruz, mesmo fazendo tudo isso, nós continuaríamos condenados. O que Jesus fez e viveu, só teve significado com o sacrifício da sua vida sobre a cruz. Foi na cruz que ele revelou toda a vontade do coração do seu Pai, foi no sacrifício que ele revelou todo o sentido do da sua mensagem na terra. Tudo que fazemos: milagres, cuidar, pregar, aconselhar...sem a cruz, não há sentido algum, são apenas obras mortas. Foi na cruz, que tudo que Jesus fez ganhou sentido.
A cruz não é algo que apenas nos livra do inferno ou dos nossos pecados. Ela nos ensina; nos educa. A cruz não pode ser vista apenas como “uma” mensagem. A cruz deve ser um estilo de vida, e é justamente isso que significa “o meu viver é Cristo”.
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.” Gl. 2:19-20
O que então é vida de cruz?
Para entendermos claramente o significado destas palavras de Jesus é necessário, primeiro compreender o significado pleno do Seu sacrifício.
A Bíblia deixa claro que a razão espiritual da morte de Jesus foi a nossa redenção e justificação perante Deus, uma vez que, por causa da nossa natureza corrompida, não poderíamos promover e alcançar esta reconciliação por nós mesmos.
Jesus deixou de ser “Jesus” e assumiu a forma de Cristo “OFERTA”. Sobre o madeiro estava a natureza caída de todos os homens e através de um ato supremo de amor e entrega, nos libertou do poder da morte; o qual adquirimos por meio de Adão, desde o princípio dos tempos. Ao se entregar, Jesus negou a Si mesmo, abdicando da sua natureza perfeita e onipotente, possibilitando a todo homem resgatar a sua herança de vida eterna, em comunhão com o Pai.
Normalmente, a idéia que se faz da cruz é a de que ela representa o fardo de todas as tribulações pelas quais passamos no mundo. Quando há um problema ou quando uma pessoa nos persegue, dizemos: - “Esta pessoa é uma cruz na minha vida”. Algumas vezes, chamamos de cruz, o peso individual de uma responsabilidade penosa, a qual estamos sujeitos por imposição do meio em que vivemos. Mas, ao refletirmos minuciosamente sobre a Palavra de Deus, percebemos que o significado espiritual da cruz não é este.
A cruz para os romanos significava um ladrão; vagabundo e assassino. A cruz para Deus era o melhor Dele, o melhor presente Dele para a humanidade! A cruz não é um marido infiel, uma mulher briguenta ou até mesmo um filho rebelde. Cruz é o perdão para o marido infiel. É a compreensão para a esposa rixosa. É o amor incondicional oferecido ao filho rebelde. Isso sim é cruz! Cruz é o melhor que tenho para dar àqueles que me magoaram. Cruz é tão somente oferta e renúncia diária sua para as pessoas. Cruz é amar e orar pelos inimigos. Cruz é viver a vida de Cristo e Cristo é tão somente oferta. Vida cristã é tudo o que Cristo fez na cruz.
Somente aquele que oferece a sua vida pessoal em sacrifício diário, à semelhança de Cristo, pode nascer de novo e herdar uma vida incorruptível, de plenitude espiritual e comunhão com Deus.
Ao se entregar na cruz, revelando-se o Cristo; ungido de Deus para ser oferta, Jesus não foi movido pela necessidade que criamos, como se reagisse a uma iniciativa nossa. Ou ainda, como se providenciasse uma solução paliativa e urgente para corrigir a frustração de um projeto anterior.
O fato de Jesus ter morrido na cruz, não era um plano B de Deus, substitutivo de um plano A que não dera certo. Ele estava nos reconciliando com Deus, entregando seu Espírito para que fosse enviado a nós, reconduzindo-nos à eternidade dos propósitos de Deus. Ele é o Cordeiro que foi entregue antes da fundação de todas as coisas. A referência e o centro convergente de toda a vontade e ação de Deus. Vida cristã não é apenas a realização dos milagres que Jesus fez pelas multidões mas tudo o que Ele fez na cruz.
Entendendo e Amando a Cruz
Precisamos aprender a amar a cruz ! Aquele que não ama a cruz, não ama as coisas de Deus. Amar a cruz é desistir dos próprios desejos. Se você tem uma vontade, você tem desejos e pedidos. Porém, precisamos aprender a ter a vontade e o desejo, voltados para uma vida de cruz.
Negar-se a si mesmo é parte necessária para viver uma vida de cruz. A verdadeira vida cristã exige que aquele que quiser viver em Cristo, deverá abandonar-se completamente. Deus deseja que o abandono aconteça em todos os momentos da vida. Precisamos nos entregar a morte (cruz) o dia todo, todos os dias.
Precisamos perceber que a alma do homem é naturalmente inquieta e turbulenta. A alma realiza muito pouco, embora pareça sempre ocupada. E o que foi que João escolheu? Escolheu estar até os últimos momentos, aos pés da cruz de Cristo. Ele escolheu “morrer” para que a vida de Cristo pudesse ser a sua vida! Este exemplo ilumina o fato de como é necessário que você negue a si mesmo e todas as suas atividades, para seguir a Cristo
.
“Se você não é guiado pelo estilo de vida de Cristo, você não poderá segui-lo”.
Quando a vida Dele entra na sua, sua vida deve ser colocada de lado. Em I Coríntios 6:17, Paulo afirma: “Mas aquele que se une ao Senhor é um com Ele.” Paulo avisa: “Se você possui em si a vida do Cristo ressuscitado, Deus vai lhe mergulhar na morte, todos os dias da sua vida!”. “Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte...”2 Coríntios 4:11.
O apóstolo acrescenta: “Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.” Romanos 8:36. No grego isto quer dizer: “Somos entregues à morte todos os dias.”
Em resumo, Paulo diz: “A cada dia, enfrento uma nova situação de morte”. Por favor, entenda que Paulo não está falando de morte física e sim, a respeito de um tipo de morte que acontece conosco diariamente, em nosso caminhar com Cristo.
Quando testifica “Dia após dia, morro!” I Cor. 15:31, se refere à tribulação, às pressões, à perseguição, aos perigos e a todos os tipos de problemas. Paulo em essência está dizendo: “Nós que possuímos em nós a vida de Cristo, somos constantemente entregues às situações de morte, uma após outra. A cada dia, uma nova provação, uma nova crise ou perseguição é lançada contra nós. Então, se você possui em si a vida do Filho de Deus, pode esperar que algum tipo de situação de morte, entre em sua vida, todos os dias!”
Nosso Pai celestial sabe que certas áreas não redimidas em nossas vidas, atrapalham a manifestação plena da vida de Cristo em nós. Ele conhece nossos bloqueios constantes, nossos medos, nossas ambições, nossas cobiças e tudo que impede o brilho integral de Jesus em nós. Por isso, Ele permite que sejamos colocados em “situações de morte”, para resgatar os nossos corações destes obstáculos.
Débitos e créditos Deixamos de ser doadores para sermos consumidores
Quando o diabo mudou nosso entendimento sobre o Dom Deus, deixamos de pensar nos CRÉDITOS e passamos a pensar nos DÉBITOS. Deixamos de viver pela consciência do Dom e passamos a viver pelas cobranças das dívidas, exigindo das pessoas os direitos que nós acreditamos ter, a qualquer custo.
“Quando fomos contaminados pelo pecado, de alguma forma, todo mundo ficou nos devendo alguma coisa!”
Sempre estamos procurando alguém para pagar as dívidas que outras pessoas não nos pagaram. Enquanto desenvolvemos essa mentalidade, estaremos sempre vazios e viveremos à procura de alguém que nos preencha, alguém que pague aquilo que a vida ficou me devendo. Todas as vezes que entramos em uma nova relação, sempre apresentamos uma nota promissória para a outra pessoa pagar. - “Eu não estou feliz e você é responsável por me dar esta felicidade que a outra pessoa não me deu”.
Como sermos livres destas cobranças?
1. Entendendo o que Cristo fez por nós.
Nós não somos nada sem Deus. Não teríamos a capacidade de nos livrarmos de todas as dores e medos que tínhamos antes. Precisamos entender que somos trapo. Se não fosse a graça de Deus sobre nossas vidas, nós nem vivos estaríamos neste mundo. Toda avida cristã em relação a carne só pode ser vivida mediante uma consciência clara que dia a dia crucificar a carne, nossa natureza. É somente pelo Espirito que temos capacidade de sermos úteis para Deus em sua obra. “Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus.” II Cor. 3:5
2. Devo entender que toda dívida foi paga.
“E a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircunsisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos; e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz.” Colossenses 2:13-14 Em Cristo, tudo foi perdoado! Não há nada a pagar! Não existe uma única dívida! Ninguém deve nada! E se devemos alguma coisa, essa coisa é o amor
3. A vida não me deve nada!
“ E havendo riscado toda cédula de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz.” Colossenses 2:13-14
Em Cristo, tudo foi perdoado! Não há nada a pagar! Não existe uma única dívida! Ninguém deve nada! E se devemos alguma coisa, essa coisa é o amor!
Somente pelo conhecimento do amor de Deus – o seu Dom – que poderemos ser íntimos dele. A essência da vida cristã é o conhecimento do amor de Deus, sem este conhecimento somos vazios e carentes. todas as nossas ações não são para viabilizar ao até mesmo ter acesso ao amor de Deus, mas é o amor de Deus que nos possibilita manifestar o que temos recebido Dele.
“E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” Efésios 3:19
O nosso maior desafio e sermos sensíveis ao Espirito Santo, buscando dia a dia manter um coração disposto e compromissado com sua vontade para revelar as pessoas os DOM de Deus em nós.
Todo o nosso esforço é para que possamos nos comprometer com seu reino, para que as pessoas possam conhece-lo como O Conhecemos.
Mais do que simples obras, temos um DOM de reproduzir, multiplicar e frutificar pessoas que conhecem Deis como conhecemos. Este é a vontade de deus, que tenhamos filhos e discípulos que conheçam a Deus como conhecemos. Aquele que diz estar em Cristo, e não dá Fruto – filhos de Deus que tem o maior poder da terra que é amar – será cortado fora, não porque seja infrutífero, mas porque é rebelde. Estar com Cristo e não frutifica, é rebeldia.
Devemos a cada dia desenvolver nossa vocação e chamado, crendo no que Deus diz quem somos – somos seus filhos– e nos entregamos a essa revelação com total empenho de obedecer e de nos submetermos a este chamado de cumprir o meu destino estabelecido por Ele, dede a eternidade.
Eu nasci de Deus, sou de Deus e volto para Deus. Deus
QUARTO MÓDULO : I. A ORIGEM DA NOSSA SEXUALIDADE
A carência tem um poder terrível de determinar as piores escolhas e decisões em nossas vidas. Por conta das carências as pessoas abandonam casamentos, filhos, ministérios e até mesmo destroem a própria ida. A Carência tem um poder de controlar e escravizar a vida de muitas pessoas, e infelizmente isso não é diferente no meio da igreja.
A carência tem uma capacidade destrutiva de se disfarçar com aquilo que nós pensamos ser bom. Achamos que os sentimentos como amor, afeto, solidão precisam ser supridos por amigos, namorado, esposo ou filhos. Mas na verdade a carência não é um sentimento a ser suprindo, a carência é uma doença na alma que precisa ser curada. Carência não é um vazio que ficou no coração e nós precisamos encontrar alguém para preencher o vazio que ficou. A carência é uma enfermidade que precisa ser curada.
“Carência não se supre, carência se cura”.
Quando temos uma ferida, um câncer, uma enfermidade, nós não queremos alimentar esta doença ou até mesmo supri-la, nós queremos curá-la, queremos ficar livre daquilo que tanto nos faz mal. Com a carência não é diferente. Quando somos atacados por uma doença, a única coisa que se passa na nossa cabeça é o momento em que nós ficaremos livres daquela enfermidade. Eu sempre digo que se um médico lhe dissesse que existe um câncer do tamanho de uma laranja dentro do seu pulmão, a primeira coisa que você diria é: “Sabe doutor, eu tenho muitas coisas pra realizar e não vou ter tempo para tratar este câncer. Eu ainda não terminei a minha faculdade, eu preciso tirar um tempo de férias, por que a cinco anos que não descanso. Sinceramente doutor, eu só posso tratar este câncer daqui a três anos.” Eu te pergunto é assim que reagimos quando sabemos que existe algo em nós que está nos mantando? Ou tudo na vida perde a prioridade quando descobrimos que estamos morrendo?
Sabe irmãos, eu vejo todos os dias pessoas com tantas doenças na alma, mas vivendo como se nada precisasse ser feito. Existe um câncer na alma das pessoas chamado carência, e este câncer tem os consumido aos poucos. Casamentos, amizades, relacionamentos, namoros, ministérios estão sendo destruídos por pessoas que não param suas vidas para tratarem das suas doenças da alma, e para mim, a pior doença da alma das pessoas são suas carências.
Tudo na vida perde o sentido quando entendemos que estamos doentes. Quando estamos com febre, a única coisa que queremos é que aquela dor suma. Não queremos shoppings, não queremos cinema ou um bom passeio, queremos a cura.
Eu entendo que muitas pessoas não se lançam no que Deus tem de cura para a vida delas pelo simples fato de que elas não têm noção do quanto estão doentes. Pessoas que priorizam tudo na vida, menos o que elas precisam realmente ter. Talvez seja pelo fato que elas são sabem que estão doentes. Se as pessoas soubessem que existem um câncer chamado carência consumido a vida delas elas paravam tudo.
Certa vez um pastor amigo meu de Goiânia foi acompanhar uma família que estava passando por um sério problema onde o filho deles estava com um câncer consumindo sua perna. No final de tudo o médico chegou a conclusão que a perna do garoto deveria ser amputada. Ele me contou que a família entrou em desespero em saber que o filho iria ficar sem a perna. Foi naquele momento que o médico disse: “O filho de vocês é jovem, e com certeza ele vai superar isso, hoje existem vários tipos de prótese de alta tecnologia que faz com que seu filho viva uma vida normal. O que mais importa é a vida do filho de vocês”. Sabe o que Deus me disse quando eu ouvia esta história? “Roberto, eu não tenho dó de você, o que eu tiver de arrancar da sua vida para que você viva, eu vou arrancar.” Existem tantas coisas em nossas vidas que são como câncer, relacionamentos, ministérios, atividades e sentimentos que não nasceram fruto do conhecimento que eu tenho de Deus, mas fruto de carências, traumas e medos. Todos os dias eu vejo pessoas que, na tentativa de suprirem suas carências, dão inicio a relacionamentos, abrem igrejas e gravam dvd´s, tudo na tentativa de suprirem suas carências de amor, afirmação e elogios. Casamento e ministério não é lugar para gente carente, casamento e ministério é lugar de gente resolvida em Deus. Só Deus tem a capacidade de lidar com as nossas carências. Só Ele tem poder de tocar em áreas da nossa vida que não queremos mexer.
Se existem algo que impede a maioria dos cristãos a experimentarem santidade, pureza e plenitude relacional são suas carências, pois o carente sempre se coloca como vítima de tudo na vida, e por isso nunca é responsável por nada que acontece de errado com ele.
Mas o que seria uma pessoa carente?
O carente é um doente que exige ser amado a qualquer custo. Quando alguém carente se aproxima das pessoas, essa aproximação quase nunca é leve ou tranquila. Existe sempre certa tensão e cobrança.
Carência é uma ferida emocional que muitas pessoas carregam. Seria como uma fome incontrolável a ser saciada. Às vezes é fome de afeto, de amor, mas também pode aparecer como fome de atenção, como o desejo de estar sempre no centro das relações, sendo valorizado, cuidado, tratado de forma especial e muitas das vezes. E o carente irá usar de todas as formas para conseguir isso.
Outra característica do carente é que ele é extremamente exigente, muitas vezes inconsciente. Uma expectativa de que os outros o supram de alguma maneira. E muitas vezes usa da manipulação para conseguir a atenção que quer.
Uma pessoa carente sempre exige, mesmo que de forma disfarçada, que o outro lhe dê o que quer. Não aceita que o outro tem o direito de dizer não, de não querer lhe dar algo, não querer ser seu amigo íntimo, ou até mesmo a liberdade de querer gostar mais do outro do que dele. Até porque o carente, com o tempo, acaba afastando as pessoas dele mesmo. As pessoas se afastam quando percebe alguém se aproximar na expectativa de ser suprido, como um náufrago desesperado em busca de algo a se agarrar.
O carente, no final, fica lá, sozinho no meio do oceano. Com sua cobranças. Por trás toda esta carência, existe muito abandono, frustração com pais e consigo mesmo. Resumidamente: O carente é uma criança abandonada com a ilusão de que alguém será a resposta para tudo o que ela acha que precisa ter.
“A frase que permeia a vida de um carente é: A VIDA ME DEVE ALGO.”
A Mulher do Poço e a Suas Carências:João 4:5-30
Uma história que trata bem isso é a mulher do poço de João 4:5.
Nesta passagem nós encontramos todos os elementos de uma pessoa carente.
A primeira coisa que vemos é o fato dela buscar no poço a satisfação da sua sede. Sua sede representa suas carências, e o poço representa a lugar onde ela tenta supri-las.
• O BALDE: O balde era o simbolismo das carências desta mulher.
• O POÇO: O lugar onde ela buscava suprir suas carências.
Jesus disse:
“Se conheceras o DOM DE DEUS e quem é o que fala contigo, tu me pedirias, e eu te daria da água da vida.” João 4: 10
A única possibilidade de cura para as nossas carências é conhecer o DOM de Deus, e este dom é o seu amor. Somente o Seu amor é capaz de me curar definitivamente. Enquanto eu não entender que é somente pelo seu amor que eu sou verdadeiramente curado, eu ficarei buscando ilusoriamente em poços a satisfação das minhas carências.
Outra coisa que precisamos entender além do DOM de Deus, é a água que representa a sua Palavra. A Palavra de Deus é Cristo, mananciais de água viva, e quem dele beber será transformado. Que jorra de dentro para fora. Para transformar gente carente em fonte de vida. Cada um individualmente se tornando canal de benção neste mundo.
Todas as vezes que você tenta suprir suas carências com atenção, relacionamentos, sexo e tantas outras coisas, sua sede aumenta. “Quem beber desta água, tornará a ter sede”, disse Jesus.Existem muitos fatos que mostram quão carente era a mulher samaritana. Sua crise relacional entre Judeus e Samaritanos, seus vários amantes. Nenhum homem foi capaz de satisfazer suas carências, e por conta de suas carências ela sempre fazia escolhas erradas.
A carência nos leva a tomar escolhas erradas. O carente sempre deposita todas as suas expectativas em outra pessoa, achando que esta pessoa é solução para sua vida e lá no final ela se sente mais e mais frustrada por não ter sido suprida.
Outra crise que ela vivia era uma confusão religiosa. Havia uma rixa entre os judeus e samaritanos por causa do lugar de adoração. Os samaritanos diziam que o lugar de adoração era o monte Gerizim. Mas os judeus diziam que o lugar do culto verdadeiro era o monte onde estava o templo de Jerusalém, construído pelo rei Salomão, filho de Davi, de quem viria o próprio Messias. Jesus, com suas palavras de vida a ensina que o lugar de adoração é no coração.
Mas com suas palavras que são água e vida, ela foi curada. A mulher samaritana bebeu da água que é Jesus.
O texto Sagrado diz que ela deixou o seu balde. O balde representa o objeto que ela usava para suprir suas carências. Sempre buscamos um objeto para disfarçar e manipular nossas carências.
A mulher samaritana deixou suas carências para traz.
“Então, deixando o seu cântaro, a mulher voltou à cidade e disse ao povo:” Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho feito. Será que ele não é o Cristo?”
Ela compreendeu os seus erros, reconhecendo-os. Ela aceitou o fato maravilhoso de que ali estava o verdadeiro Messias. Ela recebeu a Jesus, e foi salva. É ela saiu e levou muitos outros a conhecer o seu Senhor.
É interessante que este mulher passou a vida toda dizendo ao população daquela cidade que havia achado um homem, e é curioso que é justamente assim que ela chega na sua cidade dizendo: “Achei um homem.” e porque as pessoas acreditaram nela, depois de tantas vezes ela dizer a mesma coisa? Foi porque pela primeira vez ela não estava falando das suas carências, mas das suas convicções em Deus.
O sentimento de falta, de solidão, de isolamento é um arma terrível
para o diabo destruir nossas vidas. E carências é justamente isso: ser movido, fazer escolhas, tomara decisões baseadas em carências, solidão e abandono.
Não importa o que lhe tenha acontecido, conosco de abandono, traição, ou trauma, isso é passado. Cremos que o amor de Deus nos curou de qualquer ferida. Temos que parar de uma vez por todas em tentar achar respostas para nossas vidas em outras pessoa. Devemos pegar esta criança ferida, abandoada e jogar dentro da fonte da água da vida que é Cristo.
Só Jesus pode nos dar colo. Somente Ele pode nos corar do medo, da solidão, do abandono, da falta, do défice dos pais, das frustrações, das carências e necessidades. Só Ele por nos dar o amor que precisamos, só ele pode nos dar a atenção, e carinho que tanto pedimos.
“MEDO, SOLIDÃO, ABANDONO, FALTA, DÉFICE DOS PAIS, FRUSTRAÇÕES, CARÊNCIAS, E NECESSIDADES
O quanto disto ainda domina sua vida?”
Deus não é carente
Precisamos entender que toda a criação foi criada a partir de uma consciência do que Deus era e seu desejo era manifestar isso. Tudo que Deus fez é uma expressão do Dom Dele e não de carências. Nada do que Deus fez foi por carências, mas pela livre vontade de manifestar seu amor. E se Ele é assim, nós devemos ser também.
Quando a Bíblia diz para que sejamos perfeitos, ela não esta falando de ausência de erros, mas sim de completo, pleno, contente. Não ver a vida a partir de uma dívida, mas sim entender que Deus nos fez depósitos do dom de Deus. Somos pão e não fome. somos água e não sede. A vida não nos deve nada
“Sede perfeitos, como perfeito é vosso pai.”
Perfeição é não ter falta.
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” 1Co 15:19
“Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, a fim de ENCHER todas as coisas.” Efésios 4:10
Eu só consigo lidar com minhas pulsões, instintos, carências, medos, sonhos e fantasias quando eu conhecer o amor de Deus, e este amor irá automaticamente gerar em mim uma identidade de Filho. Sem esta identidade eu sempre ficarei refém de circunstâncias e pessoas.
“Quando eu compreendo quem eu sou em Deus, eu compreendo o que eu tenho que ser.
” Quando eu realmente entendo a minha identidade, isso determina radicalmente o meu passado, o meu presente, e o meu futuro e quando eu não sei quem Deus é e quem eu sou em Deus, tudo o que eu faço é para compensar a minha carência e não para revelar o que de Deus eu conheço, seu amor
.Carência versus Dom de Deus
Praticamente a maioria dos cristãos de hoje vivem uma compreensão equivocada do que seja a benção. Benção não é algo que eu tenho eu alcançar como filho de Deus. Benção é algo que eu tenho que manifestar. Todas as crises que nós vivemos não é uma crise de competência ou até mesmo de reconhecimento, mas uma crise de carência e falta de compreensão do que Deus já viabilizou para nós em Cristo.
Abençoados para frutificar
“Então Deus os abençoou, e disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra.
” Gn 1:28
Deus primeiro abençoou o homem, para depois, pedir a ele que fizesse algo. Seu desafio era, a partir da benção já recebida, manifestar o que ele já havia recebido de Deus.
Seu amor, sua paz, sua bondade, felicidade, vida e manifestar de forma visível, virtudes já recebidas de Deus. O homem não precisava se ocupar com a benção, uma vez que ele já era abençoado. Seu desafio era: - “Como vou multiplicar, frutificar e encher a terra com as benção já recebidas através do meu modo de vida?”
Quando fazemos algo, pela necessidade de provar quem somos, estamos focados em nós mesmos e, portanto, nossa motivação é egoísta. Contudo, quando o fazemos, vislumbrando a oportunidade de revelarmos quem somos, isso diz respeito ao desejo de compartilharmos o que somos e o que temos, para benefício dos outros. Enquanto uma motivação é de autopreservação, a outra é de exposição. Seu objetivo era: Tendo consciência do que Deus já prontamente viabilizou para ele e do compromisso que Deus tem com o homem, este passa então, a viver segundo a sua convicção. Qual convicção? Gerar filhos, discípulos que expressem aquilo que recebeu de Deus.
O motivo virou o objetivo
Satanás não mudou a temática. O assunto continuou sendo o FRUTO. O que ele mudou foi o enfoque, corrompendo a natureza das coisas na mente do homem. A sua consciência foi afetada. O seu entendimento ficou encoberto.
Antes da queda, o fazer, era a oportunidade de expressar e materializar o ser. Após a queda, passou a ser uma tentativa alucinada de obter o que ainda não era ou não tinha. O fazer, deixou de ser um fruto da convicção ; vontade e tornou-se instrumento da obsessão ; expectativa e desejo.
Depois da queda, o homem teve seu entendimento corrompido a respeito de si mesmo, da sua relação com Deus e com a criação. Ele absorveu de satanás, outra forma de entendimento e consequentemente, mudou sua maneira de ver e agir. O pecado é o resultado deste entendimento adulterado.
“Ao pecar o homem substituiu a convicção da benção já recebida, pela expectativa da benção a ser recebida”.
A consciência de Deus e de Sua benção, conduziria o homem a viver comprometido com o “fornecer = dar”. O sentimento de carência o condicionou à subsistência , obrigando-o a negociar seus ideais, pela conveniência do que é mais vantajoso. Oprimido pela ideia de “consumir = receber”, o homem faz o que for necessário, para aquele que oferece mais por menos.
O Homem Antes da Queda: “fornecer = dar” O Homem Depois da Queda: “consumir = receber”
“A benção era o motivo que fazia o homem desenvolver algo, após o pecado, a benção passou a ser o objetivo que levaria o homem a fazer algo”.
Um Deus que poucos conhecem
Por conta da queda, o homem passou a ser guiado pelo seu próprio estomago, pela sua fome
.
“Cujo fim é a perdição; cujo deus é o ventre...” Filipenses 3:19
O que pensamos ser fé em nossas vidas, na verdade é um desejo desenfreado por alguma coisa.
Após a queda, o homem passa então a viver, completamente escravo do seu próprio ventre, guiado pelas suas próprias necessidades, o seu deus é o seu ventre, as suas carências, desejos e necessidades.
O homem não vive mais pela convicção do que Deus já prontamente havia dado. Ele vive agora, pela expectativa de um dia ser ou ter alguma coisa.
A vida de igreja, os relacionamentos e até mesmo a capacidade de raciocínio do homem, passaram a ser fundamentadas em suas necessidades e carências
O ambiente da tentação
Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Depois de jejuar por quarenta dias e quarenta noites, teve fome.” Mat. 4:1-2
Quando olhamos Mateus 4:1 vemos que o a falta de alguma coisa sempre será um dos maiores ambientes de tentação. Foi quando Jesus teve fone que o diabo veio para tenta-lo. Satanás sempre usará do medo, do abandono, da solidão, do trauma, da falta e da necessidade para nos fazer cair e colocar em xeque nossa identidade e filhos de Deus.
A fome é o ambiente da tentação, tanto que Jesus, para ser tentado, teve que sofrer fome. Satanás tentou o homem em provar quem é, através do que ele poderia fazer. Dizer que era ela por aquilo que ela fazia.
Não vamos experimentar de fato o que Deus para as nossas vidas, enquanto não desistirmos de tentar provar quem somos por aquilo que fazemos. O que fazemos não é para provar quem somos, mas para manifestar eu Deus colocou dentro de nós.
Tudo o que Deus fez, ele fez para manifestar quem ele era e não na tentativa de suprir algum vazio existente nele, coisa que é impossível Deus ter vazio.
“Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, SEGUNDO ELE É, TAMBÉM NÓS SOMOS NESTE MUNDO.” I João 4.17.
O nosso objetivo coo filhos de deus não é produzir obras para Deus, mas manifestar as obras que Ele esta produzindo em nosso coração.
De uma vez por todas precisamos ser líderes, pastores, missionários e obreiros orientados pelo DOM de Deus em nossas vidas, e não pela carência de tentar encontrar ou achar alguma coisa que possa nos transformar no momento em que eu estamos realizando tal atividade. Eu não faço para alcançar, eu faço porque já fui alcançado. Eu não faço para ser, tudo que eu faço é porque já sou.
“SEGUNDO ELE É, TAMBÉM NÓS SOMOS NESTE MUNDO”
VOCÊ VIVE PELA
Consciência do Dom?
Ou pela escravidão das Carências?
Mudando nossa forma de viver
“A minha ardente expectativa e esperança, de quem nada serei confundido; antes, com toda a ousadia, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”.
Filipenses 1:20-21
O que é Cristo? Cristo não é um nome, ou um sobrenome, Cristo é uma nova natureza, o nome estilo de vida, um anova maneira de ler e viver a vida. Cristo significa ungido. Ungido para quê? Ungido para oferta.
Às vezes, pensamos que o o nosso viver cristão é o nosso ministério ou até mesmo um conjunto de obras que realizaremos ou os desafios que temos que enfrentar, mas Paulo diz que se tudo que estivermos vivendo e o que fizermos, não for uma forma de manifestar as virtudes e os valores de Cristo, de maneira visível, então, nada disto terá sentido. Para nós o viver é Cristo!
“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: Se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Por isso daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos desse modo. Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo!”
II Cor. 5:14-17
Muito pouco tem sido pregado sobre o que é a cruz e o seu profundo significado na vida do cristão. Se Jesus continuasse pregando, fazendo milagres, cuidando das pessoas, aconselhando sem, no entanto não ter morrido na cruz, mesmo fazendo tudo isso, nós continuaríamos condenados. O que Jesus fez e viveu, só teve significado com o sacrifício da sua vida sobre a cruz. Foi na cruz que ele revelou toda a vontade do coração do seu Pai, foi no sacrifício que ele revelou todo o sentido do da sua mensagem na terra. Tudo que fazemos: milagres, cuidar, pregar, aconselhar...sem a cruz, não há sentido algum, são apenas obras mortas. Foi na cruz, que tudo que Jesus fez ganhou sentido.
A cruz não é algo que apenas nos livra do inferno ou dos nossos pecados. Ela nos ensina; nos educa. A cruz não pode ser vista apenas como “uma” mensagem. A cruz deve ser um estilo de vida, e é justamente isso que significa “o meu viver é Cristo”.
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.” Gl. 2:19-20
O que então é vida de cruz?
Para entendermos claramente o significado destas palavras de Jesus é necessário, primeiro compreender o significado pleno do Seu sacrifício.
A Bíblia deixa claro que a razão espiritual da morte de Jesus foi a nossa redenção e justificação perante Deus, uma vez que, por causa da nossa natureza corrompida, não poderíamos promover e alcançar esta reconciliação por nós mesmos.
Jesus deixou de ser “Jesus” e assumiu a forma de Cristo “OFERTA”. Sobre o madeiro estava a natureza caída de todos os homens e através de um ato supremo de amor e entrega, nos libertou do poder da morte; o qual adquirimos por meio de Adão, desde o princípio dos tempos. Ao se entregar, Jesus negou a Si mesmo, abdicando da sua natureza perfeita e onipotente, possibilitando a todo homem resgatar a sua herança de vida eterna, em comunhão com o Pai.
Normalmente, a idéia que se faz da cruz é a de que ela representa o fardo de todas as tribulações pelas quais passamos no mundo. Quando há um problema ou quando uma pessoa nos persegue, dizemos: - “Esta pessoa é uma cruz na minha vida”. Algumas vezes, chamamos de cruz, o peso individual de uma responsabilidade penosa, a qual estamos sujeitos por imposição do meio em que vivemos. Mas, ao refletirmos minuciosamente sobre a Palavra de Deus, percebemos que o significado espiritual da cruz não é este.
A cruz para os romanos significava um ladrão; vagabundo e assassino. A cruz para Deus era o melhor Dele, o melhor presente Dele para a humanidade! A cruz não é um marido infiel, uma mulher briguenta ou até mesmo um filho rebelde. Cruz é o perdão para o marido infiel. É a compreensão para a esposa rixosa. É o amor incondicional oferecido ao filho rebelde. Isso sim é cruz! Cruz é o melhor que tenho para dar àqueles que me magoaram. Cruz é tão somente oferta e renúncia diária sua para as pessoas. Cruz é amar e orar pelos inimigos. Cruz é viver a vida de Cristo e Cristo é tão somente oferta. Vida cristã é tudo o que Cristo fez na cruz.
Somente aquele que oferece a sua vida pessoal em sacrifício diário, à semelhança de Cristo, pode nascer de novo e herdar uma vida incorruptível, de plenitude espiritual e comunhão com Deus.
Ao se entregar na cruz, revelando-se o Cristo; ungido de Deus para ser oferta, Jesus não foi movido pela necessidade que criamos, como se reagisse a uma iniciativa nossa. Ou ainda, como se providenciasse uma solução paliativa e urgente para corrigir a frustração de um projeto anterior.
O fato de Jesus ter morrido na cruz, não era um plano B de Deus, substitutivo de um plano A que não dera certo. Ele estava nos reconciliando com Deus, entregando seu Espírito para que fosse enviado a nós, reconduzindo-nos à eternidade dos propósitos de Deus. Ele é o Cordeiro que foi entregue antes da fundação de todas as coisas. A referência e o centro convergente de toda a vontade e ação de Deus. Vida cristã não é apenas a realização dos milagres que Jesus fez pelas multidões mas tudo o que Ele fez na cruz.
Entendendo e Amando a Cruz
Precisamos aprender a amar a cruz ! Aquele que não ama a cruz, não ama as coisas de Deus. Amar a cruz é desistir dos próprios desejos. Se você tem uma vontade, você tem desejos e pedidos. Porém, precisamos aprender a ter a vontade e o desejo, voltados para uma vida de cruz.
Negar-se a si mesmo é parte necessária para viver uma vida de cruz. A verdadeira vida cristã exige que aquele que quiser viver em Cristo, deverá abandonar-se completamente. Deus deseja que o abandono aconteça em todos os momentos da vida. Precisamos nos entregar a morte (cruz) o dia todo, todos os dias.
Precisamos perceber que a alma do homem é naturalmente inquieta e turbulenta. A alma realiza muito pouco, embora pareça sempre ocupada. E o que foi que João escolheu? Escolheu estar até os últimos momentos, aos pés da cruz de Cristo. Ele escolheu “morrer” para que a vida de Cristo pudesse ser a sua vida! Este exemplo ilumina o fato de como é necessário que você negue a si mesmo e todas as suas atividades, para seguir a Cristo
.
“Se você não é guiado pelo estilo de vida de Cristo, você não poderá segui-lo”.
Quando a vida Dele entra na sua, sua vida deve ser colocada de lado. Em I Coríntios 6:17, Paulo afirma: “Mas aquele que se une ao Senhor é um com Ele.” Paulo avisa: “Se você possui em si a vida do Cristo ressuscitado, Deus vai lhe mergulhar na morte, todos os dias da sua vida!”. “Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte...”2 Coríntios 4:11.
O apóstolo acrescenta: “Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.” Romanos 8:36. No grego isto quer dizer: “Somos entregues à morte todos os dias.”
Em resumo, Paulo diz: “A cada dia, enfrento uma nova situação de morte”. Por favor, entenda que Paulo não está falando de morte física e sim, a respeito de um tipo de morte que acontece conosco diariamente, em nosso caminhar com Cristo.
Quando testifica “Dia após dia, morro!” I Cor. 15:31, se refere à tribulação, às pressões, à perseguição, aos perigos e a todos os tipos de problemas. Paulo em essência está dizendo: “Nós que possuímos em nós a vida de Cristo, somos constantemente entregues às situações de morte, uma após outra. A cada dia, uma nova provação, uma nova crise ou perseguição é lançada contra nós. Então, se você possui em si a vida do Filho de Deus, pode esperar que algum tipo de situação de morte, entre em sua vida, todos os dias!”
Nosso Pai celestial sabe que certas áreas não redimidas em nossas vidas, atrapalham a manifestação plena da vida de Cristo em nós. Ele conhece nossos bloqueios constantes, nossos medos, nossas ambições, nossas cobiças e tudo que impede o brilho integral de Jesus em nós. Por isso, Ele permite que sejamos colocados em “situações de morte”, para resgatar os nossos corações destes obstáculos.
Débitos e créditos Deixamos de ser doadores para sermos consumidores
Quando o diabo mudou nosso entendimento sobre o Dom Deus, deixamos de pensar nos CRÉDITOS e passamos a pensar nos DÉBITOS. Deixamos de viver pela consciência do Dom e passamos a viver pelas cobranças das dívidas, exigindo das pessoas os direitos que nós acreditamos ter, a qualquer custo.
“Quando fomos contaminados pelo pecado, de alguma forma, todo mundo ficou nos devendo alguma coisa!”
Sempre estamos procurando alguém para pagar as dívidas que outras pessoas não nos pagaram. Enquanto desenvolvemos essa mentalidade, estaremos sempre vazios e viveremos à procura de alguém que nos preencha, alguém que pague aquilo que a vida ficou me devendo. Todas as vezes que entramos em uma nova relação, sempre apresentamos uma nota promissória para a outra pessoa pagar. - “Eu não estou feliz e você é responsável por me dar esta felicidade que a outra pessoa não me deu”.
Como sermos livres destas cobranças?
1. Entendendo o que Cristo fez por nós.
Nós não somos nada sem Deus. Não teríamos a capacidade de nos livrarmos de todas as dores e medos que tínhamos antes. Precisamos entender que somos trapo. Se não fosse a graça de Deus sobre nossas vidas, nós nem vivos estaríamos neste mundo. Toda avida cristã em relação a carne só pode ser vivida mediante uma consciência clara que dia a dia crucificar a carne, nossa natureza. É somente pelo Espirito que temos capacidade de sermos úteis para Deus em sua obra. “Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus.” II Cor. 3:5
2. Devo entender que toda dívida foi paga.
“E a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircunsisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos; e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz.” Colossenses 2:13-14 Em Cristo, tudo foi perdoado! Não há nada a pagar! Não existe uma única dívida! Ninguém deve nada! E se devemos alguma coisa, essa coisa é o amor
3. A vida não me deve nada!
“ E havendo riscado toda cédula de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz.” Colossenses 2:13-14
Em Cristo, tudo foi perdoado! Não há nada a pagar! Não existe uma única dívida! Ninguém deve nada! E se devemos alguma coisa, essa coisa é o amor!
Somente pelo conhecimento do amor de Deus – o seu Dom – que poderemos ser íntimos dele. A essência da vida cristã é o conhecimento do amor de Deus, sem este conhecimento somos vazios e carentes. todas as nossas ações não são para viabilizar ao até mesmo ter acesso ao amor de Deus, mas é o amor de Deus que nos possibilita manifestar o que temos recebido Dele.
“E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” Efésios 3:19
O nosso maior desafio e sermos sensíveis ao Espirito Santo, buscando dia a dia manter um coração disposto e compromissado com sua vontade para revelar as pessoas os DOM de Deus em nós.
Todo o nosso esforço é para que possamos nos comprometer com seu reino, para que as pessoas possam conhece-lo como O Conhecemos.
Mais do que simples obras, temos um DOM de reproduzir, multiplicar e frutificar pessoas que conhecem Deis como conhecemos. Este é a vontade de deus, que tenhamos filhos e discípulos que conheçam a Deus como conhecemos. Aquele que diz estar em Cristo, e não dá Fruto – filhos de Deus que tem o maior poder da terra que é amar – será cortado fora, não porque seja infrutífero, mas porque é rebelde. Estar com Cristo e não frutifica, é rebeldia.
Devemos a cada dia desenvolver nossa vocação e chamado, crendo no que Deus diz quem somos – somos seus filhos– e nos entregamos a essa revelação com total empenho de obedecer e de nos submetermos a este chamado de cumprir o meu destino estabelecido por Ele, dede a eternidade.
Eu nasci de Deus, sou de Deus e volto para Deus. Deus
QUARTO MÓDULO : I. A ORIGEM DA NOSSA SEXUALIDADE
Deus nos criou e nos deu uma identidade sexual. Para compreendermos
isso, é preciso que haja uma profunda convicção, uma certeza de que a
nossa sexualidade vem de Deus, da Sua pessoa.
Foi Ele quem nos deu identidade. A nossa origem é a mente de Deus. Fomos estabelecidos na mente de Deus, como figuras masculinas e femininas, desde a eternidade, desde o momento em que Deus pensou o homem como criatura. Ele diz: “Desde a eternidade Eu te escolhi e te estabeleci”. Na carta aos Efésios, Paulo reafirma isso: “Antes mesmo que todas as coisas fossem criadas Eu te escolhi”.
Não poderemos dar respostas e direção à nossa sexualidade sem compreendermos sua origem.
Às vezes, não temos coragem de examinar profundamente a nossa sexualidade e extrair tudo aquilo que Deus pode manifestar através dela, porque nos recusamos a compreender sua origem como expressão direta do Ser e do Querer de Deus.
Tratamos como a sexualidade se fosse uma coisa simplesmente circunstancial.
E não é.
É um projeto de Deus.
DEUS ESCOLHEU PARA SI UMA IDENTIDADE RELACIONAL.
“Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um”. I João 5:7
O único Ser que poderia ser feito com a opção da individualidade, do isolamento é Deus e no entanto, não o fez.
“O único Ser que poderia subsistir em uma forma individual é Deus mas fez a opção voluntária, de expressar Sua identidade, Sua personalidade, dividida em um formato, de uma maneira relacional”.
“Deus optou pela forma relacional, como expressão da sua identidade, de modo que Ele é Deus único na Sua essência mas com expressão plural. Deus Se expressa no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Uma única pessoa com expressões distintas.”
NOSSA IDENTIDADE SÓ TEM SENTIDO EM UMA REFERÊNCIA RELACIONAL
“Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade” Efésios 1:11
Não há plenitude individual em Deus mas a Sua plenitude, está na comunhão da Trindade. Por isso, tudo que Ele pensou em fazer, pensou “segundo o conselho” da Sua vontade.
Todas as decisões de Deus quanto ao que fazer, criar e realizar, acontecem na Pessoa da Trindade. A forma de Deus ser é relacional.
DEUS NOS CRIOU PARA RELACIONAMENTOS
Nossa essência, nosso DNA e nossa origem está ligada fundamentalmente em princípios relacionais. A identidade da vida cristã é revelada através de modelos relacionais, tais como noiva, corpo, filhos, amigos ou família de Deus.
A nossa identidade tem origem na identidade de Deus e é somente nesta identidade que haverá a possibilidade de relacionamentos saudáveis, que expressem a Natureza e o Caráter de Deus.
A ESSÊNCIA DO ESPIRITO DE DEUS
“Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” Mt 18:20
A essência do Espírito Santo de Deus é a comunhão. O lugar, o ambiente e o espírito onde são manifestados a plenitude, a presença e a vontade de Deus é a condição relacional. Deus se revela em plenitude, quando o Espírito acha o ambiente que Ele mesmo produz que é a comunhão. A comunhão não nos faz um pouco melhores do que fomos mas nos transforma, até que cheguemos a ser exatamente como Ele É : A imagem visível do Deus invisível.
“Deus é espírito e que a essência do Espírito de Deus é a comunhão. Não há plenitude no indivíduo mas a plenitude está na pessoa.”
“Deus é espírito e que a essência do Espírito de Deus é a comunhão. Não há plenitude no indivíduo mas a plenitude está na pessoa.”
“Enquanto eu viver, voltado somente para os meus desejos e vontade, fundamentados no individualismo, não haverá revelação da identidade de Deus.”
ISOLAMENTO É MORTE
“Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só...” Gn. 2:18
A forma mais rápida de fragilizar, enfraquecer, corromper e matar é se isolando, quebrando os vínculos relacionais e assim, interrompendo os meios e os processos de troca e compartilhamento.
Só existe uma enfermidade que o homem não suporta. Só existe uma enfermidade fatal. As outras enfermidades podem matar o corpo mas existe uma que mata a alma e o espírito do homem: Solidão.
A devoção isolada, individualista e que não reconhece as pessoas à sua volta é um engano. “Não há expressão de plenitude de vida no isolamento.”
A ORIGEM DA NOSSA SEXUALIDADE ( Gênesis 1 )
“26 Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." 27 Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 Deus os abençoou e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! ”
• Quando Deus cria o homem, Ele produz um testemunho, uma imagem visível, palpável e tangível da sua própria identidade e natureza; a Sua semelhança. De modo que os atributos de Deus e o Seu caráter estão expressos nesta imagem. Deus fez uma imagem, segundo a Sua semelhança, nós chamamos isso de " Princípio Criativo de Deus."
“Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas.” Rm. 1:20 ] Deus quando quis se expressar, quis se deixar conhecer, ao decidir revelar a Sua essência, natureza e identidade.
Ele disse: “Então FAÇAMOS o homem, de modo que este seja a imagem visível da nossa semelhança.”
O único ser que tinhas olhos para perceber a essência de Deus na sua totalidade e plenitude era Ele mesmo. Só Deus se conhece e se percebe em totalidade.
A própria Palavra diz em João 1:18 que “ninguém jamais viu a Deus” ou seja, quando a bíblia diz que “ninguém viu a Deus” é porque somente Deus tem olhos para Si mesmo, pois somente Ele, pode se perceber em plenitude.
DEUS ESCOLHEU PRODUZIR UMA IMAGEM
“Nossa Sexualidade tem origem em Deus expressar quem Ele é por meio de uma imagem macho e fêmea.”
FAÇAMOS O HOMEM – Façamos não é apenas uma ordem, mas um desejo de Deus expressar, se dar conhecer e revelar a Sua essência, natureza e identidade. Quando Deus diz: “Façamos...”, Ele manifesta a Trindade a uma ação conjunta. Há uma revelação do relacionamento frutífero nas pessoas da Trindade.
Podemos perceber que o envolvimento da Trindade na criação do homem é caráter.Mas quando chega no homem e na mulher Ele diz: Façamos!
Isso compreende um envolvimento pessoal na criação do homem. Temos, pela Palavra, o detalhe de que Ele moldou em barro a nossa estrutura. Assim, há uma expressão do Ser de Deus na criação do homem. Isso não quer dizer que as outras coisas criadas também não expressem o Ser de Deus, mas, na criação do homem, há um envolvimento do Seu Ser, que excede a expressão.
Quando Deus diz: “Façamos!” não se manifesta apenas um comando, uma ordem. Além de ser uma palavra ordenada, é, também, um envolvimento, um contato.
MACHO E FÊMEA OS CRIOU - Nossa sexualidade tem origem em Deus expressar quem Ele por meio da sua criação. O ponto de partida para uma sexualidade saudável é trata-la a partir de Deus e não de nós mesmo.
UMA IMAGEM, SEGUNDO UMA SEMELHANÇA - Toda imagem é segundo a semelhança ou seja; a imagem nada mais é do que o resultado de uma expressão e de uma materialização visível de uma semelhança invisível, já existente.
“Quando Deus cria o homem, dando a ele uma identidade relacional, Ele produz um testemunho, uma imagem visível, palpável e tangível da sua própria identidade e natureza; a Sua semelhança. De modo que os atributos de Deus e o Seu caráter estão expressos nesta imagem. Deus fez uma imagem, segundo a Sua semelhança.”
O QUE VEM PRIMEIRO?
A IMAGEM OU A SEMELHANÇA?
É simples. A imagem é segundo a semelhança ou seja; a imagem nada mais é do que o resultado de uma expressão e de uma materialização visível de uma semelhança invisível, já existente.
A imagem só tem sentido como expressão da semelhança. Sem a semelhança, a imagem torna-se uma propaganda enganosa. Se a imagem que se tem não partir de um referencial, não há sentido e nem crédito.
O QUE É A SEMELHANÇA?
A semelhança de Deus é determinante na imagem. Porque a imagem é fruto da semelhança, só reflete o que já existe. Então o que é a semelhança de Deus?
“É a Sua identidade relacional.”
O QUE É IDENTIDADE?
É a consciência de quem eu sou a partir do conhecimento que tenho de Deus gerado diariamente pelo Espirito Santo em meu entendimento.
“Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu ENTENDIMENTO E CONSCIÊNCIA ESTÃO CONTAMINADOS.” Tito 1:15
Identidade é o resultado de um entendimento (conhecimento de Deus), e de uma consciência (conhecimento de mim mesmo), restaurada.
Você nunca saberá quem você é sem primeiro saber quem Deus é.
E nossa sexualidade só pode ser entendida a partir de uma consciência de identidade, e esta identidade só é possivel a partir do conhecimento de Deus.
“Sei de onde vim e para onde vou.” João 8:14
Homem e mulher; uma única pessoa
“Homem e mulher os criou; e os abençoou, e os chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados.” Gn. 5:1 Quando Deus cria o homem, Ele não está chamando de imagem ou de expressão da Sua identidade, apenas o indivíduo macho e nem tão pouco, o indivíduo fêmea. Ambos, dentro das suas próprias características, expressam virtudes e atributos peculiares a Deus mas a expressão plena de Deus está no relacionamento.
O ser criado à imagem de Deus não é o indivíduo macho e nem tão pouco, o indivíduo fêmea mas o homem (macho e fêmea) chamado de Adão. O homem e a mulher: Adão. Eles não poderiam ser distintos na sua identidade, nem tão pouco na sua natureza.
Quando Deus cria a mulher, Ele não está criando um outro ser mas está trazendo a revelação de uma forma distinta, do mesmo ser. Por isso, a mulher já estava no homem quando ele foi criado. Entendemos então que quando o homem se relaciona com sua mulher, está relacionando com ele mesmo.
Em um relacionamento entre o homem e a mulher, cada um se expressa de uma maneira diferente mas com a mesma identidade.
O QUE É SEXUALIDADE?
É o entendimento claro da identidade de Deus atribuída ao “homem” (macho e fêmea), são as virtudes espirituais manifestas na carne, é a semelhança expressa na imagem. É a consciência de identidade formada por Deus.
O PECADO: A ruptura da imagem com a semelhança
Quando o homem pecou, perdeu a consciência da sua semelhança e ficou apenas com a percepção da imagem.
O homem não sabe mais identificar o sentido da imagem; o que ela representa, o que traduz ou o que revela. Por isso, a Palavra de Deus diz que quando Ele levantou a igreja, nos estabeleceu como seu povo, nos chamou e nos escolheu na eternidade e estabeleceu um propósito, segundo um plano original que não sofreu alteração em momento algum e cujo modelo é Cristo!
O homem perdeu a consciência da semelhança e ficou apenas com a percepção da imagem. Já não sabe identificar o sentido da imagem.
Perdeu totalmente o que esta imagem traduz, expressa ou revela.
O pecado rompeu a ligação entre imagem e semelhança, ficando apenas a expressão. Uma expressão de “coisa alguma”porque não conhecemos mais, o que tal imagem deveria traduzir ou representar
O que o homem chama de sexualidade é na verdade é sensualidade
O que o homem chama de sexualidade na verdade as Escrituras chamam de sensualidade, porque o que o homem chama de sexualidade ainda é a expressão dos seus sentidos, das suas emoções, desejos e carências.
Sexualidade é convicção de uma consciência formada por Deus e sensualidade é a escravidão dos desejos. É tudo aquilo que é produzido na nossa emoção, o que é sensível, o que é percebido através dos sentidos. Está relacionada à consciência de indivíduo.
Tudo o que é direcionado para o visível.
“Todo animal é sensual, apenas o homem é sexual”.
“Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a sensualidade. Cl.2:21;23
O entendimento do homem natural
“Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.” Tg. 3:15
O homem natural não tem grande dificuldade em perceber as coisas óbvias; aquelas que, efetivamente, “saltam” aos olhos; que são evidentes. Porém, aí está o seu limite.
Ele não poderá ir além do óbvio, além do que naturalmente não se vê. Todo homem nasce naturalmente ignorante. Seu entendimento é influenciado e formado, a partir das experiências que vivencia e das relações de causa e efeito.
Seu aprendizado é fundamentado em:
OBSERVAÇÃO – COMPARAÇÃO – CONCLUSÃO
O homem segundo os valores do Reino de Deus, não vive das suas observações, comparações ou deduções. Ele vive do CONHECIMENTO que adquire dia a dia, acerca de Deus. Segundo o que conhece a respeito Dele , torna-O conhecido.
“O que sabemos de Deus é fruto da nossa capacidade de observar, comparar ou deduzir? Nossos projetos e ministérios são frutos da nossa capacidade de observar, comparar e deduzir ou nasceram da revelação daquilo que vimos em Deus?”
O homem natural só consegue avaliar pela aparência, sem conseguir distinguir a verdadeira identidade das coisas. Ele tem a capacidade de comparar mas não de discernir.
Conclusão
Quando entendemos que a nossa identidade sexual vem de Deus, e que fomos ambos, homem e mulher, criados à Sua imagem, segundo a Sua semelhança, então entendemos que, na verdade, Deus nos deu uma imagem como expressão da Sua semelhança, da Sua identidade. Isso que dizer que Deus deu ao “ser humano” masculino atributos, capacidades, virtudes, traços do Seu próprio caráter, que deverão ser expressos e manifestos através de uma imagem masculina. O mesmo valendo para a mulher, que tem na sua identidade, traços do ser de Deus que só uma imagem feminina pode expressar
II, Modelos Bíblicos para a Nossa Sexualidade
• É importante dizer que estas características, muitas das vezes se tornam motivos de conflitos, sendo que na verdade elas deveriam ser motivos de edificação e plenitude. Fomos feitos por Deus com virtudes e caracterizas completamente diferentes um do outro, e é isto que nos completa como pessoas.
OBSERVAÇÃO: CARACTERÍSTICAS SUBJETIVAS: Isto aqui não é lei, mas uma reflexão. Cada um de nós sofreu suas influências.
PRIMEIRO MODELO
PÓ DA TERRA E A COSTELA DO HOMEM Pó da terra
– Homem macho
• Universalidade – No homem, Deus trabalhou na universalidade, aquilo que é geral, aquilo que esta na composição de todas as coisas. E isto faz com que o homem desenvolva característica de generalidade, de universalidade. A mente e a forma que o homem trabalha e avalia são de aspectos gerais. O homem não gosta muito de perder tempo com detalhes, as explicações do homem são superficiais
– Costela – Mulher fêmea
• Especificidade – Na mulher, Deus trabalhou no aspecto particular. O raciocínio, o sentimento da mulher trabalha na especificação. A mulher quer detalhes.
• É justamente nestas coisas que nós deveríamos nos completar, mas infelizmente estas características acabam virando um campo de guerra em nossas vidas. E isto se aplica a todos os segmentos da vida.
• Se o UNIVERSO FEMININO dominar, nos vamos trabalhar tanto aspecto dos detalhes, que nada irá crescer. E se nós deixarmos apenas o UNIVERSO DO HOMEM trabalhar, vamos crescer muito, mas sem consistência.
SEGUNDO MODELO
O Homem: cabeça - Mulher: Corpo
“...o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. 24 Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.” Efésios 4: 23 a 24
“Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja...”. Colossenses 1: 18
• O homem é estimulado por idéias, projetos e planos, mas a mulher quer saber quem vai pagar tudo isso. Ela diz: “Alias nós estamos devendo as ultimas ideias que você teve!.”
• Sempre será um desafio para a mulher não frustrar os ideais do homem e o homem não desfazer das preocupações naturais da mulher. De modo que todas as vezes em que um homem tem uma idéia, a mulher fará todas as perguntas que o homem não gostará de responder, mas é justamente assim que eles se completam.
• Os homens não pode deixar de ter ideias e as mulheres não podem deixar de fazer perguntas! Isto não é defeito, mas virtudes.
• Sabe onde está o defeito? É porque temos virtudes mas com motivações erradas.
• Quando o homem usa a virtude da universalidade com o espírito errado, esta virtude se torna inconsequente, leviana, irresponsável, aventureira ou passiva. Quando a mulher usa a virtude de especificidade com o espírito errado, esta virtude se torna controladora e manipuladora.
“O grande inimigo da mulher e do homem é a desempenho sem direção e direção sem desempenho.”
• A cabeça ocupa apenas 10% do corpo. Isto quer dizer que em termos de execução e desempenho a mulher ocupa 9 vezes o espaço do homem, mas quando você coloca todo este desempenho sem direção, acontece muitas anomalias.
• Quem ocupa corporalmente o mundo é a igreja, o corpo de Cristo, mas em questões de direção e palavra, isto cabe a Cristo, o homem perfeito. Cristo não esteve em lugares que hoje seu corpo está, mas tudo que este corpo precisa é de orientação.
• A mulher sem a direção do Espírito tem a tendência de ser cruel, enquanto o homem sem o Espírito tem a tendência de ser irresponsável. Porque o homem se preocupa com os processos, mas a mulher com o resultado.
Qual o equilíbrio?
• O homem não fique em crise se a mulher consegue resolver mais rápido algumas coisas, mas busque de Deus qual verdadeiramente é sua missão de vida.
• A mulher, não é porque realiza mais, ela tem que desprezar a liderança, o governo e a direção do homem. Trabalha o tempo todo mais sem discernimento, missão, visão e definição de propósito.
• A maioria das mulheres tem um alto pode de desempenho mais vivem com crise de identidade.
TERCEIRO MODELO
O espermatozoide e o óvulo, pênis e útero
(Podemos substituir por SEMENTE E SOLO....uma é fecundo e outro é fértil)
• O homem produz 3 milhões de espermas em uma velocidade incrível. Ele perde 6 milhões hoje e repõe isso rapidamente, e se o homem não entende este potencial de semear ele se torna promiscuo. Ele deixa de ser responsável pelas sementes que tem. Por que será então que Deus deu ao homem a virtude de semear?
• Para que o homem tenha um instrumento visível de manifestação de uma virtude invisível.
• Para que ele não só ejacule sem deixar de semear, afim de que ele saiba que seu atributo tem origem em semear boas sementes, e não o
associe apenas a um instrumento de penetração. Do contrário ele gozará sem nunca ejacular, ele priorizará o prazer e não a virtude de semear, significando assim apenas uma masturbação. “
...o reino dos céus é semelhante a um homem que semeou (sêmen-ar)...” Mt 13: 24
• Quando Deus cria o homem, Ele produz um testemunho, uma imagem visível, palpável e tangível da sua própria identidade e natureza; a Sua semelhança. De modo que os atributos de Deus e o Seu caráter estão expressos nesta imagem. Deus fez uma imagem, segundo a Sua semelhança, nós chamamos isso de Princípio Criativo de Deus.
• Dentro deste modelo sexual nós podemos ver que a mulher tem uma característica de receber uma semente de cada vez. Ela tem um óvulo para apenas uma semente. Não interessa se o homem tem milhões, apenas um será fecundado.
• Esta caracteriza faz com que a mulher valorize mais aquilo que ela recebe, possuindo assim mais vínculos em suas relações. Por isso que as Escrituras não se ocupam em pedir que a mulher ame seu marido, porque naturalmente ela o amará. Porque ao receber este amor, ela espontaneamente multiplicará este valor.
Por que será então que Deus deu a mulher a virtude de gerar?
• Para que através deste instrumento visível ela possa viver, transmitir e usufruir dos atributos da identidade de Deus, engravidando de boas sementes, gerando sonhos e propósitos. Dando à luz filhos, não apenas físicos, mas também espirituais. Uma imagem conforme uma semelhança.
• O poder de potencializar – Ela tem virtude de multiplicar, ampliar e potencializar aquilo que ela recebe. Ela tem a virtude de revelar o que ela recebe em dimensões maiores.
• Esta virtude usada para o mal é terrível. Assim como o potencial germinativo do homem o torna promiscuo, a capacidade da mulher de receber uma minúscula semente e torná-la milhões de vezes maior, ela, usando isto com o espírito errado, poderá potencializar coisas insignificantes como também pode gerar sementes malignas.
III. A HOMOSSEXUALIDADE MASCULINA x FEMININA
MASCULINA
O sentimento de vazio de gênero no homem surge na combinação de um temperamento sensível inato, um ambiente social com déficit relacional com o pai, uma cultura machista e uma superproteção materna
.
Na infância, os meninos são emocionalmente ligados à mãe, pois a mãe é o primeiro objeto de amor. Ela satisfaz todas as necessidades primárias de seu filho. As meninas podem continuar desenvolver sua identificação feminina por intermédio do relacionamento com as mães. Por outro lado um menino tem uma tarefa de desenvolvimento adicional, isto é, quebrar sua identificação com a mãe, e esta ruptura é feita pelo pai. A primeira tarefa para se tornar homem e não ser uma mulher.
Na maioria das vezes estas mães são extremamente dominadoras, ativas, competitivas e principalmente inseguras na sua relação com seus companheiros, elas tem a tendência de prolongar a dependência de seus filhos, usando-o para satisfazer suas necessidades de carinho e de companheirismo de um modo que é extremamente doentio para sua identidade.
Inconscientemente estas mães tentam satisfazer suas necessidades emocionais com o filho, mantendo uma ligação doentia, íntima demais com o filho, que talvez satisfaça suas necessidades emocionais. Na maioria dos modelos temos um pai alheio, uma mãe envolvida demais com o filho de temperamento sensível que substitui o pai no que este fica aquém. Se um pai quer uma identidade sexual saudável para seu filho, ele precisa quebrar o elo mãe-filho. Quando os meninos crescem sem pais, na maioria das vezes, ele desenvolve uma carência terrível por toque e presença masculina.
Todo menino precisa de necessidade de intimidade masculina, se ele não tem isso na infância, na adolescência, ele começará a erotizar toda relação com os homens por se sentir completamente distante do mundo dos homens.
FEMININA
“No relacionamento lésbico uma mulher sente-se realizada ao estar ligada com aquilo com que perdeu contato – sua própria feminilidade.”
Joseph Nicolosi
Enquanto a homossexualidade no homem, em geral é fruto de um total deslocamento com o mundo masculino, na homossexualidade feminina, a mulher sente um sentimento de raiva, ódio e decepção com o mundo masculino.
É claro que existem outros fatores que geram a homossexualidade feminina, como certos tipos de comportamentos na infância em que a menina gostava de participar de jogos brutos e podiam ser rotuladas como “Maria–João” e apelidos semelhantes que podem ter marcado sua personalidade e causado certa confusão em seu interior, fruto, geralmente de um distanciamento materno.
É preciso entender que Deus condena a relação sexual entre duas mulheres. Alguns podem até argumentar que no Antigo Testamento não se encontra nada específico sobre isto, mas é preciso entender que o padrão de Deus são endereçados ao gênero humano, ao homem e à mulher. Em muitos mandamentos Ele não faz distinção entre sexo, idade, condição social, etc. O “não adulterarás”, por exemplo, se destina não só à mulher como também ao homem. O que se condena em Levítico 18:22 é o intercurso sexual entre pessoas do mesmo sexo. Se alguém quer um pronunciamento do tipo “Com uma mulher não se deitarás, como se fosse homem”, vai encontrar algo parecido em Romanos 1:26 “Suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza”.
Todo o contexto de Romanos 1.18-32 descreve que o pecado, de modo geral, é autodestrutivo. Pois, além de desonrar os seus corpos. Romanos 1.27 “receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão” – desonra o homem diante do Deus.
Segundo Stott, “A ira de Deus, nesses casos, não opera necessariamente pela sua intervenção, mas precisamente por sua não intervenção, deixando homem e mulher seguirem o seu próprio caminho”. Por mais que alguns vejam a prática homossexual com naturalidade, isso não a aprova, pois aos olhos de Deus ela continua sendo ilícita. O pecado na Bíblia não é definido com base nas disposições ou capacidades dos seres humanos, mas no caráter Santo de Deus. Todos nós nascemos com propensão ao pecado.A primeira questão é: porque uma adolescente, jovem ou mulher adulta seria atraída emocional, romântica ou sexualmente por alguém do mesmo sexo?
Vários fatores podem acontecer na vida dela, deixando-a vulnerável ou suscetível ao lesbianismo, os quais permanecem sob a superfície e, semelhantes às raízes de uma árvore, alimentam os frutos exteriores e a sustentam. Deus criou-nos como seres físicos, emocionais e espirituais, e isso se evidenciam na primeira parte da vida humana.
Embora os acontecimentos que ocorram nos primeiros anos da vida não façam alguém se tornar homossexual, podem preparar o terreno para os problemas que se desenvolverão posteriormente. Os pais, é claro, exercem tremenda influência positiva ou negativa (a maioria não sabem que estão agindo assim), na formação dos filhos.
Os filhos, não apenas devem ser supridos suas necessidades de alimento, abrigo e vestimentas, mas também as emocionais, como afeto, aceitação, educação, orientação, aprovação e conhecimento de Deus. Essas são tão necessárias quanto às físicas.
POSSÍVEIS FATORES DO HOMOSSEXUALISMO FEMININO
Relacionamento entre mãe e filha
Praticamente toda mulher já nasce mulher, e por mais estranho que parece, psicologicamente homem não nasce homem. As meninas já nascem com referência e modelos próximos ao seu gênero feminino. Os primeiros dois anos de vida de uma menina voltam-se ao desenvolvimento de um elo profundo e seguro com a pessoa que lhe dá os cuidados básicos, no caso a mãe. Isso gera um saudável sentido de identidade pessoal.
O mundo das mulheres é impregnado de uma intimidade. Ninguém se espanta, por exemplo, ver com que facilidade as mulheres se tocam - uma pede a outra que a ajude a abotoar-se, uma pede a outra que examine alguma coisa em seu corpo. Amigas podem andar de mãos dadas, podem se abraçar, fazer carinhos, andar sempre juntas.
A mãe pode levar horas penteando os cabelos da filha que, tranquila, se deixa pentear. Em viagens, podemos perceber como essa prática é universal: às vezes, a mãe retira os elásticos e começa a escovar os cabelos da filha que nem estavam despenteados. As duas sentem ser uma boa ocupação do tempo de espera - uma escovando e a outra se deixando escovar. Estão no seu mundo feminino.
O psicólogo Erick Erikson denomina esse desenvolvimento de confiança básica, enquanto a autora e professora Leanne Payne define o processo como receber um senso de existência. Com um sólido senso de identidade e a confiança de que suas necessidades de amor e cuidado serão providas, a garotinha tem uma boa base para o futuro crescimento e desenvolvimento.
Se tal fundamento não for estabelecido solidamente ou for interrompido em algum momento durante esses primeiros anos críticos, a menina poderá não conseguir receber o senso de existência e, por conseguinte, estar vulnerável a um sentido interior de vazio e anseio, o qual pode emergir posteriormente na forma de impulso incontrolável de ligar-se e encontrar sua identidade em outra mulher.
Relacionamento entre pai e filha
Uma relação saudável entre pai e filha também é imprescindível para o desenvolvimento de identidade saudável da menina. Os pais exercem um papel importantíssimo na vida das crianças, e existem quatro coisas, em particular, que o pai necessita transmitir-lhe para que ela se desenvolva bem: proteção, atenção, admiração e apoio. Quando ele é capaz de expressar tudo isso, ocorre o seguinte:
• Primeiro, a garotinha que cresce sob a proteção e o apoio paterno desenvolve um senso de valor como pessoa.
• Segundo, devido ao pai ser do sexo oposto, a atenção e admiração que ele lhe demonstra refletem à filha seu valor específico como mulher.
• Terceiro, por representar o mundo universal do homem e da masculinidade, ele contribui para que ela aprenda a interagir com o sexo oposto de modo saudável e adequado. No entanto, se o pai não estiver presente física ou emocionalmente disponível á filha, ou ela perceber que ele lhe é inacessível ou explicitamente abusivo, o inverso pode ocorrer:
Ela irá sentir-se indigna como pessoa, desvalorizada como mulher, e terá inibição em relacionar-se com o sexo oposto de forma saudável.
Casamento
Outro aspecto da dinâmica familiar, o qual pode contribuir para uma mulher entrar no lesbianismo, é a forma como a filha entende a união entre a mãe e o pai e a função de cada um como marido e mulher. Muitas lésbicas assumidas julgaram negativamente a representação da mãe como mulher, esposa e mãe e, assim, não sentiram o desejo de seguir os mesmos passos. Quer seja devido a situações reais ou percebidas, a mãe não foi um exemplo de função feminina que a filha respeitou ou desejou imitar. Além disso, pode contribuir a maneira deficiente de a mãe tratar o pai. Caso este a tenha desprezado ou minimizado a importância de seu papel como esposa e mãe, isso pode ter levado a filha a conceber atitudes negativas sobre tais funções. Mais uma vez, o resultado foi o mesmo: ela não desejou ser esposa e mãe, o que pode ter programado mais atitudes negativas sobre os homens de modo geral ou, especificamente, sobre os papéis de marido e pai.
O mesmo acontece quando o pai é uma figura agressiva e controladora e a mãe é completamente passiva na relação, se tornando muita das vezes “saco de pancadas”, gerando assim na filha uma total repulsa a figura masculina.
Abuso sexual
Outro possível fator que contribui para o desenvolvimento da atração lésbica é o abuso sexual. Um número desproporcional de homens atingidos pela homossexualidade foi abusado sexualmente; na maioria, por alguém do mesmo sexo.
Um índice desproporcional de mulheres atingidas pelo lesbianismo foi abusado sexualmente, mas por alguém do sexo oposto. Os efeitos do abuso sexual em homens e mulheres costumam ser diferentes, embora o agente da violência de ambos seja homem.
Alguns líderes do movimento ex-gay dizem que, enquanto a dinâmica familiar, o temperamento pessoal e a pressão de colegas e pares moldam fortemente a identidade sexual da pessoa, é possível que o único fator que o impulsiona, com mais ímpeto, uma garota para a identidade lésbica seja o abuso sexual, incluindo incesto, estupro ou assédio.
Temperamento e personalidade
O temperamento inato também afeta o desenvolvimento da identidade da menina. Com frequência, os pais, os familiares e amigos bem-intencionados esperam que a filhinha seja uma princesinha – recatada, doce e obediente, mas algumas menininhas nascem com tenacidade pela vida e preparadas para enfrentar o mundo!
Às vezes, a mãe tem dificuldade em aceitar uma filha tão forte, positiva e fisicamente ativa – sobretudo, se sonhava em educar a próxima Miss Estados Unidos. A menina pode perceber a ambivalência da mãe ou, em alguns casos, a desaprovação aberta. Sentindo-se magoada e rejeitada, ela, consciente ou inconscientemente, afasta-se emocionalmente da mãe, privando-se, assim, da fonte básica do amor de que precisa para desenvolver a própria identidade feminina.
É isso o que os orientadores definem como desapego defensivo que é comum entre mulheres atraídas pelo mesmo sexo.
Pressão dos colegas e o apelo do movimento gay
Nos anos do Colegial, enquanto a vida doméstica e a família ainda exercem um forte papel em moldar a identidade, os colegas também se tornam cada vez mais influentes.
Para algumas meninas, essa época escolar pode facilmente incluir acontecimentos marcantes que contribuirão para o posterior envolvimento lésbico.
Frequentemente, quando uma moça com tendências lésbicas compara-se às colegas, não se acha à altura das demais e, à medida que as garotas começam a desenvolver a feminilidade, ela se sente presa em uma mentalidade de ”terceiro sexo” – sabe que não é homem, mas também não se considera mulher. Logo, pode isolar-se e “bater em retirada”, o que dá energia ao sentimento interno de rejeição, o qual já existe.
Isso a aliena e a separa ainda mais das pessoas com as quais legitimamente precisa passar o tempo; afasta-se de amizades saudáveis com meninas e afirmação do próprio sexo por meio de membros do mesmo sexo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.” Atos 17:30,31
De acordo com a Bíblia, o perdão de Deus está disponível ao homossexual da mesma forma como está disponível ao adúltero, adorador de ídolos, ao mentiroso, assassino ou ladrão. Deus também promete força para conquistar a vitória sobre o pecado.
“Mas onde o pecado abundou, superabundou a graça.” Romanos 5:20






